Estudos e Pesquisas em Psicologia (Jun 2022)

Escala de Discriminação Cotidiana para Adolescentes e Jovens: Adaptação e Evidências Psicométricas

  • Márcia Kelma de Alencar Abreu,
  • Vanessa Barbosa Romera Leme,
  • Luana de Mendonça Fernandes,
  • Carolina Seixas da Rocha,
  • Verônica Morais Ximenes,
  • Daniela Fonseca de Freitas,
  • Susana Coimbra

DOI
https://doi.org/10.12957/epp.2022.68646
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 709 – 728

Abstract

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A discriminação tem um impacto negativo na saúde mental e nos desfechos acadêmicos e socioemocionais das pessoas. Um dos instrumentos mais usados para medir a frequência de experiências de discriminação é a Escala de Discriminação Cotidiana. Contudo, esta escala não foi ainda adaptada ao contexto brasileiro. Desta forma, o objetivo deste estudo foi adaptar e validar a Escala de Discriminação Cotidiana em uma amostra de adolescentes e jovens brasileiros de nível socioeconômico baixo e descrever os motivos de discriminação mais prevalentes. Analisou-se as equivalências linguísticas e a estrutura factorial da escala. A amostra foi composta de 995 estudantes pobres, advindos do Ensino Fundamental de cinco escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro e de duas universidades públicas do Estado do Ceará, com idade entre 11 e 29 anos (M = 15,81, DP = 3,55), 54,8% constituída por mulheres (n = 522). A Análise Fatorial Exploratória realizada revelou uma estrutura unifatorial, com boa confiabilidade e validade. Os motivos de discriminação mais frequentes foram a aparência física e o nível socioeconômico. Os achados sugerem que a versão adaptada da escala apresenta qualidades psicométricas que permitem a sua utilização junto a adolescentes e jovens brasileiros.

Keywords