452ºF (Feb 2022)
Memória sobre estilhaços de bombas em Barcelona
Abstract
Esse artigo objetiva analisar a construção cronotópica de Ramona, adiós (1972), de Montserrat Roig, com vistas à discussão do processo de exílio decorrente da ditadura franquista. Para tanto, compreendo-o também como condição para os que permaneceram em território espanhol durante o franquismo, remetendo-me à noção impressa no romance de Miguel Salabert: El exilio interior. Analisarei passagens da obra de Roig nas quais as três protagonistas caminham pelas ruas de Barcelona em distintos períodos, considerando que esse percurso analítico pode lançar luz sobre o cotidiano de sujeitos sufocados durante e em um tempo-espaço de exceção.
Keywords