Diálogos (Dec 2016)
Memória e interdição da palavra proibida macaco em regiões de cangaço
Abstract
Este artigo problematiza, sob o ponto de vista teórico da Análise do Discurso francesa, por que, em algumas regiões do Nordeste brasileiro, há quem evite pronunciar a palavra macaco e opte por usar em seu lugar outras palavras, tais como dezessete. A hipótese defendida é a de que essa prática cultural-discursiva, entendida aqui como uma forma de interdição, ocorre basicamente em regiões sertanejas onde a memória do cangaço é ainda marcadamente diluída no cotidiano. A partir da análise de discursos presentes no dia a dia, este artigo pretende contribuir para uma compreensão mais acurada de uma particularidade sociocultural brasileira.
Keywords