Horizonte (Apr 2019)

Da identidade religiosa: a singularidade judaica em Belo Horizonte em tempos de migração

  • Júlia Calvo,
  • Amauri Carlos Ferreira

DOI
https://doi.org/10.5752/P.2175-5841.2019v17n52p226-248

Abstract

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O artigo discute e analisa a identidade religiosa judaica a partir do marco da diáspora que originou comunidades novas, marcadas por diferenças linguísticas, religiosas, históricas e culturais. A identidade judaica e sua configuração no campo religioso constitui na trama do simbólico o que é ser judeu em qualquer lugar do mundo, conduzindo a ideia de um povo /nação. Para entender o processo identitário do povo judeu foi necessário um contexto republicano. A capital mineira em sua fundação experimentou uma diversidade de povos migrantes judeus de diversas partes do país. Na formação da comunidade prevaleceram os judeus migrantes do Leste europeu responsáveis pelas primeiras organizações religiosas e comunitárias na cidade. A partir da década de 1930, principalmente com o aumento do antissemitismo europeu, a cidade passou a receber um outro grupo que trouxe novas contribuições para os judeus belo-horizontinos, ampliando a influência cultural e política, evidenciando uma singularidade no modo de ser judeu. O caminho escolhido para entender esse processo identitário e de singularidade foi o histórico.

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