A construção coletiva de um plano comunitário de enfrentamento a desastres: diálogo de saberes como base, redução de riscos como objetivo

Abstract

Em 2022, ocorreu a maior precipitação registrada em Angra dos Reis/RJ, Brasil: mais de 600 mm em 24h, acarretando movimentos de massa que mataram 23 pessoas. No bairro de Monsuaba morreram 11 pessoas, apesar da atuação da Defesa Civil. O Fórum de Comunidades Tradicionais, a Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade Federal Fluminense iniciaram diálogos com a comunidade do bairro para a construção de um Plano Comunitário de Enfrentamento a Desastres que capacite os moradores com conhecimentos acadêmicos e comunitários para lidar com os riscos. Foram realizadas oficinas de mapeamento participativo que identificaram 5 tipos de ameaças, associados às 24 áreas. Espera-se que este Plano, a ser lançado no início de 2025, seja um balizador das ações de prevenção e resposta à desastres e fomente a construção de outros planos semelhantes, uma vez que a demanda pela discussão de gestão de riscos está aumentando e se intensificando entre as comunidades tradicionais da região.

Keywords

• Gestão de riscos
• desastres socioambientais
• comunidades tradicionais
• planejamento participativo