Revista Brasileira de Zootecnia (Jan 2002)
Exigência de Lisina para Pintos de Corte Machos Mantidos em Ambiente com Alta Temperatura
Abstract
Foram utilizados 400 pintos de corte machos da linhagem Avian Farms, com peso médio de 35 ± 0,15 g, no período de 1 a 21 dias de idade, mantidos em ambiente com alta temperatura ( 29,1 ± 0,39ºC), umidade relativa em 59,7 ± 3,16%, temperatura de globo negro em 28,9 ± 0,42ºC e índice de temperatura de globo e umidade (ITGU) em 77,4 ± 0,59. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (1,04; 1,10; 1,16; 1,22; e 1,28% de lisina total na ração), oito repetições e 10 aves por repetição. Avaliou-se o efeito de níveis de lisina total sobre desempenho, consumo de lisina total, deposições de proteína e gordura na carcaça e pesos absoluto e relativo da gordura abdominal e do coração, fígado e intestinos. O fornecimento de ração e água foi à vontade. Os níveis de proteína bruta, minerais e vitaminas atenderam às exigências dos animais. Verificou-se efeito quadrático dos níveis de lisina total da ração sobre o ganho de peso, que aumentou, e a conversão alimentar, que melhorou até os níveis de 1,20 e 1,24%, respectivamente. O consumo de ração não variou, enquanto o consumo de lisina total aumentou em razão dos tratamentos. Não se observou efeito dos níveis de lisina da ração sobre os pesos absoluto e relativo do coração e do intestino e o peso relativo do fígado. No entanto, o peso absoluto do fígado aumentou de forma quadrática até o nível de 1,17% de lisina total da ração. Com relação à taxa de deposição de proteína, constatou-se aumento quadrático até o nível de 1,26% de lisina total, enquanto a taxa de deposição de gordura não variou com o nível de lisina da ração. Concluiu-se que frangos de corte machos no período de 1 a 21 dias de idade, submetidos à alta temperatura (29,1ºC), exigem 1,20% de lisina total, correspondente a 1,02% de lisina digestível.