Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Jun 2005)

Determinação ultra-sonográfica do sexo fetal pela medida dos ângulos do apêndice genital Sonographic determination of fetal gender by measurement of the angles of the genital tubercle

  • Victor Bunduki,
  • Maria de Lourdes Brizot,
  • Javier Miguelez,
  • Cleisson Fábio Andrioli Peralta,
  • Alberto Jorge Monteiro de La Veja,
  • Marcelo Zugaib

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72032005000600004
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 6
pp. 310 – 315

Abstract

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OBJETIVO: avaliar a acurácia da ultra-sonografia para predição do sexo fetal entre a 11ª e a 13ª semana e 6 dias por meio da medida dos ângulos anterior e posterior do apêndice genital. MÉTODOS: os ângulos anterior e posterior do apêndice genital foram medidos em corte sagital de 455 fetos entre a 11ª e a 13ª semana e 6 dias. A probabilidade de predição correta do sexo fetal (confirmado após o nascimento) foi categorizada de acordo com a medida dos ângulos, idade gestacional e comprimento crânio-caudal. Os pontos de corte de melhor acurácia para predizer o sexo fetal foram obtidos por meio de curva ROC. A variação interobservador foi avaliada pelo método de Bland-Altman. RESULTADOS: a taxa de predição correta do sexo fetal se elevou com a idade gestacional e comprimento crânio-nádegas. Utilizando o ponto de corte de 42 graus para o ângulo anterior (curva ROC), a predição correta do sexo fetal ocorreu em 72% dos fetos da 11ª à 11ª semana e 6 dias, 86% da 12ª à 12ª semana e 6 dias e 88% da 13ª à 13ª semana e 6 dias. As taxas de predição obtidas com o ângulo posterior (ponto de corte de 24 graus) foram, respectivamente: 70, 87 e 87%. A avaliação da variação interobservador revelou diferença média entre medidas pareadas de 15,7 e 9 graus para as medidas dos ângulos posterior e anterior, respectivamente. CONCLUSÃO: a acurácia da medida dos ângulos do apêndice genital na predição do sexo fetal foi elevada a partir da 12ª semana de gestação mas ainda insuficiente para sua aplicação em gestações com risco de doenças graves ligadas ao cromossomo X.PURPOSE: to evaluate the accuracy of fetal gender prediction at 11 to 13 weeks and 6 days by measuring the anterior and posterior genital tubercle angles. MESTHODS: the anterior and posterior genital tubercle angles were measured in a midsagittal plane in 455 fetuses from 11 to 13 weeks and 6 days. The probability of a correct fetal sex prediction (confirmed after birth) was categorized in accordance with the angle measurements, gestational age and crump-rump length. The optimal accuracy cutoffs were derived from a ROC-plot. The interobserver variability was evaluated by a Bland-Altman plot. RESULTS: the correct fetal sex prediction rate increased with gestational age and crump-rump length. Using a 42-degree anterior angle as a cutoff, a correct fetal sex prediction occurred in 72% of the fetuses from 11 to 11 weeks and 6 days, 86% from 12 to 12 weeks and 6 days and 88% from 13 to 13 weeks and 6 days. Using a 24-degree posterior angle as a cutoff, a correct fetal gender prediction occurred in 70, 87 and 87%, respectively. The interobserver variability evaluation revealed a mean difference between paired measurements of 15.7 and 9 degrees for the posterior and anterior angles, respectively. CONCLUSION: the measurement of the genital tubercle angles showed a high accuracy in correctly predicting the fetal sex from the 12th week of gestation on. However, accuracy was still not high enough for clinical use in pregnancies at risk of serious X-linked diseases.

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