Revista CEFAC (Jun 2015)

Influência da hipermobilidade articular generalizada sobre a articulação teoromandibular, mastigação e deglutição: estudo transversal

  • Lais Chiodelli,
  • Andrielle de Bitencourt Pacheco,
  • Taiane Secretti Missau,
  • Ana Maria Toniolo da Silva,
  • Eliane Castilhos Rodrigues Corrêa

DOI
https://doi.org/10.1590/1982-0216201512514
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 3
pp. 890 – 898

Abstract

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OBJETIVO: avaliar a articulação temporomandibular, as funções de mastigação e deglutição em mulheres assintomáticas com e sem hipermobilidade articular generalizada e a associação entre estas variáveis. MÉTODOS: foram avaliadas 43 voluntárias no Serviço de Atendimento Fonoaudiológico da Universidade Federal de Santa Maria. Ahipermobilidadefoi avaliada pelo Escore de Beighton e, a partir dos escores obtidos, as voluntárias foram distribuídas em dois grupos: com (n=17) e sem hipermobilidade (n=26). A articulação temporomandibular foi examinada pelo instrumento Critérios de Diagnóstico para Pesquisa de Desordens Temporomandibularese as funções de mastigação e deglutição foram avaliadas por meio do exame miofuncional orofacial. RESULTADOS: a avaliação clínica da articulação temporomandibular demonstrou predomínio de ruídos articulares durante movimentos mandibulares (52,9%) e de desvio na abertura da boca (76,5%) nas voluntárias do grupo com hipermobilidade, sem diferença significante entre os grupos. No exame da função mastigatória, apesar da maioria das voluntárias apresentar padrão de mastigação bilateral alternado, a frequência desse foisignificantemente menor no grupo com hipermobilidade (p=0,05). Foi verificada uma associação significante(p=0,02) entre o padrão de mastigação e de abertura da boca, apenas no grupo sem hipermobilidade, e não houve diferença na deglutição entre os grupos. CONCLUSÃO: as mulheres assintomáticas apresentaram indícios de que a hipermobilidade predispõe à ocorrência de desvio na abertura da boca e ruídos articulares. Não houve diferença na função de deglutição, porém verificou-se uma frequência menor de mastigação bilateral alternada no grupo com hipermobilidade em relação ao sem hipermobilidade.

Keywords