Revista de Ciências Agroveterinárias (Oct 2024)
Mobilidade espacial da população em Santa Catarina: Uma análise das tendências de urbanização através dos censos demográficos
Abstract
Este estudo discute a utilização de métricas de análise espacial em ambiente de Sistemas de Informação Geográficas (SIG) aplicadas a dados do censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos anos de 2000 e 2010 para entender a complexa e multifacetada mobilidade espacial em Santa Catarina. Para isso, foram usados dados quantitativos coletados nas diferentes regiões administrativas do estado de SC. O fenômeno, observado em vários países, envolve o adensamento populacional em regiões metropolitanas, motivado pela busca por melhores condições de vida e catalisado pelo êxodo rural devido ao avanço tecnológico na agricultura e ao emprego de mão de obra temporária. Tal movimento, geralmente originado em municípios menores em direção a maiores, tem consequências significativas para a dinâmica econômica, social e ambiental dos locais envolvidos, afetando diretamente a qualidade de vida dos indivíduos. Os municípios de São Pedro de Alcântara, Ituporanga, Campo Alegre e Bom Retiro, neste período de 10 anos, apresentaram êxodo rural considerável, com uma queda da população de -34,48%, -5,24%, -5,29% e -4,03% respetivamente, enquanto o aumento da população urbana ocorreu nas regiões do Norte Catarinense, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, com destaque nos seguintes municípios: Massaranduba, Garopaba, Guabiruba, Tijucas, Florianópolis, Blumenau e Joinville, com 64,31%, 42,88%, 41,65%, 38,97%, 22,01%, 21,84% e 19,97%, respetivamente. Estas informações são de utilidade para gestores públicos na definição de meios para viabilizar recursos, infraestrutura e serviços, dada a demanda de moradia, saneamento, educação, saúde entre outros.
Keywords