Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

ANÁLISE DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS CONCENTRADOS DE PLAQUETAS RANDÔMICAS PRODUZIDOS PELO BANCO DE SANGUE DE SÃO PAULO (GRUPO GSH)

  • AP Sessin,
  • RA Bento,
  • JAD Santos,
  • DE Rossetto,
  • APC Rodrigues,
  • ACA Pitol

Journal volume & issue
Vol. 46
p. S949

Abstract

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Objetivo: Avaliar a qualidade da produção de concentrado de plaquetas (CP5) no Banco de Sangue de São Paulo (Grupo GSH) no período de janeiro de 2022 a dezembro de 2023. Material e métodos: Foram avaliados dados dos relatórios do sistema informatizado do Grupo GSH do controle de qualidade dos concentrados de plaquetas randômicas obtidos em bolsa de coleta quadrupla com filtro CPD + Sagmanitol, mediante dupla centrifugação de uma unidade de sangue total coletada em tempo não superior de 15 minutos. Após a separação do PRP (plasma rico em plaquetas), o concentrado de plaquetas obtido a partir do sangue total deve conter no mínimo 5,5 × 1010plaquetas por bolsa. As plaquetas devem estar suspensas em volume suficiente de plasma (40 a 70ml) de tal maneira que o pH seja maior ou igual a 6,4 e a contagem de leucócitos deve estar abaixo de 2,0 × 108.As unidades avaliadas devem obter 75% de conformidade nos parâmetros mencionados, com exceção da pesquisa de cultura de bactérias que devem apresentar 90% de conformidade nas amostras analisadas. Resultados: No período foi produzido 70.446 concentrados de plaquetas randômicas (CP5). As amostras foram enviadas para análise do controle de qualidade, conforme os dados de produção 1.214 amostras (1,7%). A média anual dos resultados analisados nos CP5 foi: volume = 65ml; contagem plaquetária = 8,44 × 1010 unidade; leucócito residual = 0,088 × 106 unidade; pH = 6,94 e análise microbiológica negativa para todas as unidades. Das unidades analisadas, obtivemos não conformidade em 25 amostras, sendo que, 13 tiveram baixa contagem plaquetária, 9 com volume acima de 70 ml, 2 unidades com volume inferior a 40ml e 1 unidade apresentou pH menor que 6,4. Discussão: Verificando os dados apresentados, observa-se que no período houve 2% de não conformidade das amostras analisadas, sendo o principal motivo, baixa contagem no número de plaquetas, ficando em torno de 1%, seguido pelo volume acima de 70ml (0,7% de não conformidade), depois pelo volume inferior a 40ml (0,2% não conforme) e, por fim, pH menor que 6,4 (0,1% de não conformidade). Conclusão: Os dados obtidos mostram que a qualidade dos hemocomponentes produzidos seguem os parâmetros estipulados pela legislação vigente. O controle de qualidade visa o acompanhamento, avaliação e correções desde a coleta até a distribuição final do hemocomponente. Através dos dados obtidos foi possível validar todo o processo por meio dos indicadores visando a qualidade e eficácia na terapia transfusional.