Espaço Pedagógico (Jan 2012)
Concepções de coordenadoras de CMEI e o paradigma da inclusão na educação da primeira infância
Abstract
Este artigo caracteriza uma reflexão resultante das investigações de vivências e experiências relacionadas ao paradigma da inclusão, na educação infantil, justificada pela necessidade de suprir as lacunas concernentes à inclusão da criança com necessidades educacionais especiais, na faixa etária de zero a seis anos, nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), da região de Irati, considerando a importância de sua inserção e integração educacional para a construção de sua identidade. Assim, configurou-se por um estudo de caso qualitativo, que buscou investigar as representações sociais acerca da inclusão, de cinco coordenadoras da educação infantil, educadoras da infância em potencial, uma vez que estão implicadas com a organização e orientação da dinâmica educacional a ser desenvolvida no âmbito dos centros. Em geral, os CMEIs, como as creches em momento antecedente, estão voltados às camadas populares, no sentido de proteger, cuidar da criança e, ainda, dessa forma poder contribuir com a mãe trabalhadora, que necessite deste suporte. Além de ser visto no momento atual como o marco inicial da relação do infante, com o saber sistematizado, propiciando sua interação com o contexto sociocultural mais amplo. Nada mais justo, portanto, do que permitir que todas as crianças sem exceção como cidadãs de direitos que são, sejam beneficiadas e incluídas na esfera da educação infantil, recebendo atenção da organização sociopolítico-educacional, conforme a legislação prevê. Os resultados obtidos indicam, no entanto, que faltam conhecimentos tácitos para materialização do trabalho educativo inclusivo nas instituições educacionais de atendimento à primeira infância, no sentido de contribuir com o respeito à identidade sociocultural da criança com necessidades educacionais especiais, através da inclusão.
Keywords