Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Sep 2024)

Programa para Otimizar a Detecção da Fibrilação Atrial Paroxística: Estudo Ritmo

  • Rodrigo Paashaus de Andrade,
  • Priscila Valverde Oliveira Vitorino,
  • Ana Luiza Lima Sousa,
  • Roberto Dischinger Miranda,
  • Bruno Augusto Alcova Nogueira,
  • Elizabeth do Espírito Santo Cestário,
  • Marcus Vinícius de Oliveira,
  • Luiz Kencis Júnior,
  • Fernando Cenci Tormen,
  • Pablo de Oliveira Antunes,
  • Ivan Di Beo,
  • Luiz Eduardo Guiselli Gallina,
  • Weimar Kunz Sebba Barroso

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20240235
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 9

Abstract

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Resumo Fundamento: A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais frequente, mas ainda é subdiagnosticada especialmente em pacientes assintomáticos. Objetivo: Avaliar uma estratégia simples para otimizar a identificação da FA. Métodos: Avaliados indivíduos assintomáticos com 65 anos ou mais, portadores de hipertensão arterial (HA) ou insuficiência cardíaca (IC). Os dados foram inseridos e armazenados em plataforma REDCap. Inicialmente foram realizadas análise de risco de FA com o algoritmo matemático Stroke Risk Analysis (SRA) aplicado em eletrocardiograma (ECG) de 1 hora. Todos os pacientes de alto risco de FA foram orientados a realizar o protocolo de ECG domiciliar por sete dias com o equipamento portátil Kardia 6L OMRON, AliveCor®. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para verificar a normalidade da distribuição das variáveis quantitativas; aquelas com distribuição normal foram expressas em média e desvio-padrão. Adotou-se como significativo o valor de p<0,05. Resultados: Foram avaliados 423 pacientes; 15 foram excluídos por não terem realizado o SRA, resultando em uma amostra de 408 pacientes. A avaliação evidenciou que 13 (3,2%) pacientes apresentaram FA, 120 (29,4%) foram considerados de alto risco para FA e 275 (67,4%) sem risco aumentado. Dos 120 pacientes de alto risco, 111 realizaram adequadamente o protocolo de sete dias com o Kardia, tendo sido identificados um ou mais registros de FA em 43 pacientes. Conclusão: A estratégia adotada no estudo RITMO mostrou-se eficaz para identificar, com uma incidência de 13,7% (56/408), episódios de FA em pacientes idosos assintomáticos e portadores de HA ou IC.

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