Intexto (May 2024)
Don’t go with the flow ou pelo direito de ser infeliz: o contra-flow queer como recurso afetivo em jogos digitais
Abstract
Este artigo tem como objetivo realizar uma crítica aos usos dochamado flowpresente no game design. Composto como uma importante teoria responsável pordefinir o que é um bom jogo, o flowfoi uma ferramenta desenvolvidapara possibilitaruma experiência otimizante e produtora de felicidade. Contudo, essa experiência apresenta substratos ideológicos que acabam porcolocá-lacomo uma ferramenta de continuidade do sistema vigente, que deve permanecer acrítica. Utilizando-se de mecânicas originalmente compostas para o flowe da crença de jogadores/as nesse contexto, cenas avant gard queerestadunidenses compõem o contra-flow: uma proposta de perturbação da diversão escapista apresentadapelo flowmainstream, utilizando-se de posições subjetivas históricas das comunidades LGBTQ e feministas para criar sentimentos de angústia, frustração e tristeza. Essas produções revelam-secomouma proposição crítica do flow, demonstrando suas relações ideológicas e políticas.
Keywords