Educar em Revista (Apr 2018)

Pensar o ensino de Geografia como algo feito por comentaristas de textos sagrados

  • Bruno Nunes Batista

DOI
https://doi.org/10.1590/0104-4060.54642
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 68
pp. 235 – 252

Abstract

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RESUMO Este artigo trabalha o ensino de Geografia e a prática docente a partir das ferramentas de Michel Foucault, relacionadas às formações discursivas, em geral, e ao comentário, em particular. A vontade de saber orbita em torno de entender quais os regimes de verdade que compõem essa disciplina escolar. Percorrendo textos da primeira metade do século XX até os dias atuais, a partir de uma descrição panorâmica dos seus discursos, constatou-se que a verdade da Geografia escolar vai da Queda à Redenção. Entende-se por Queda a extinção desse campo do conhecimento, capitaneado pela metodologia tradicional de ensino; e por Redenção levar a bom termo as descobertas das psicologias escolares e as pedagogias ativas. No meio de tudo isso, o resultado é um discurso amarrado por palavras sagradas, dividindo o certo e o errado, e que vem fazendo dos escritos escolares um jogo de cartas marcadas, coordenado por intelectuais.

Keywords