Revista Brasileira de Reumatologia (Jul 2014)

Composição corporal por absorciometria radiológica de dupla energia de mulheres com fibromialgia

  • Márcia Maria Marques Teles Lobo,
  • Eduardo dos Santos Paiva,
  • Aline Andretta,
  • Maria Eliana Madalozzo Schieferdecker

DOI
https://doi.org/10.1016/j.rbr.2014.03.024
Journal volume & issue
Vol. 54, no. 4
pp. 273 – 278

Abstract

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Objetivos: Avaliar a composição corporal de mulheres com fibromialgia (FM) em relação ao valor de referência para mulheres saudáveis. Pacientes e Métodos: Estudo transversal observacional, composto por 52 mulheres diagnosticadas com fibromialgia conforme os critérios do American College of Rheumatology (ACR, 1990), selecionadas no Ambulatório de Fibromialgia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). As pacientes voluntárias foram divididas em dois grupos, 28 pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior (≥) a 25 kg/m2, e 24 pacientes com IMC igual ou inferior (≤) a 24,99 kg/m2 e submetidas ao exame físico para a contagem dos tender points (TP), além de preencherem o questionário de impacto da fibromialgia (FIQ). A avaliação da composição corporal foi realizada por meio da Absorciometria Radiológica de Dupla Energia (DXA). Os valores do percentual de massa gorda (% de MG), encontrados nos dois grupos, foram comparados ao percentual médio de MG por idade e sexo, descrito por Heward (2004). Resultados: A idade média dos grupos pesquisados foi de 47,8 ± 8,6 anos, o score do FIQ foi de 70,5 ± 18,6 e TP 16,2 ± 2,0. O IMC médio foi de 26,4 ± 4,1 kg/m2, e a quantidade de MG foi de 25,2 ± 7,8 kg ou 39,5% ± 6,8%, e de massa magra (MM) foi de 37,2 ± 3,7 kg ou 60,4% ± 7,3%. No grupo com IMC ≤ 25 kg/m2 o percentual de MG foi de 33,8% (21,5 - 42,4), e no grupo com IMC ≥ 25 kg/m2 o percentual de MG foi de 44,4% (37,6 - 56,2). Conclusão: Tanto mulheres com FM eutróficas quanto as com sobrepeso e obesas apresentaram percentual de MG acima dos valores de referência de mulheres saudáveis.

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