TradTerm (Dec 1994)

O Tradutor como Anjo ou Demônio: Os Rumos da Metáfora de Paulo Rónai a Derrida

  • Raffaella de Filippis

Journal volume & issue
Vol. 1

Abstract

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Partindo de autores e teóricos tradicionais, como Paulo Rónai, Brenno Silveira e Georges Mounin, passando pela teoria pós-moderna da tradução de Else R. P. Vieira e chegando até o filósofo contemporâneo Jacques Derrida, este artigo traça os rumos da recorrente metáfora que veste o tradutor ora de anjo, ora de demônio. Na visão tradicional, o tradutor é defrontado, de um lado, com a exigência da obediência máxima ao texto de partida (metáfora do anjo) e, de outro, com a irremediável pecha da traição (metáfora do demônio). O pensamento pós-estruturalista, por sua vez, particularmente a desconstrução de Derrida, imprime transformações importantes à metáfora, fazendo surgir um tradutor caracterizado pela ambivalência do phármakon, que encerra remédio e veneno ao mesmo tempo.

Keywords