Opus (Aug 2018)

Por um desemaranhamento do contraponto

  • Mauricio De Bonis

DOI
https://doi.org/10.20504/opus2018b2401
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 2
pp. 1 – 21

Abstract

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A diversidade das propostas e soluções pedagógicas agrupadas em torno do que se veio a denominar contraponto no ensino musical não elimina um risco comum a grande parte delas, sempre que a falta de clareza sobre um sistema de referência bem definido compromete sua efetividade. O repertório referencial declarado nem sempre é suficiente para sanar tal incongruência, uma vez que muitas das estratégias pedagógicas mais comuns se situam em diametral incompatibilidade com o pensamento musical da época evocada. Faz-se necessária uma revisão crítica dos tratados mais utilizados sob a luz da precisão da abordagem do sistema musical empregado – de cada especificidade referencial dentro dos universos modal e tonal. Da mesma forma, a proposta do ensino por espécies pede uma reavaliação crítica, assim como o exigem as soluções propostas nos tratados que não utilizam essa metodologia. Nesse ponto, reivindicamos uma proposta conceitual de Arnold Schoenberg para uma distinção entre o pensamento homofônico e o pensamento polifônico na música tonal, para expandi-la de modo a revelar apontamentos sobre a especificidade do pensamento melódico e contrapontístico na música modal. Pode-se, assim, embasar uma discussão crítica sobre quais seriam de fato as funções e a efetividade de uma proposta pedagógica dessa ordem na formação musical hoje.Nesse ponto, reivindicamos uma proposta conceitual de Arnold Schoenberg para uma distinção entre o pensamento homofônico e o pensamento polifônico na música tonal, para expandi-la de modo a revelar apontamentos sobre a especificidade do pensamento melódico e contrapontístico na música modal. Pode-se assim embasar uma discussão crítica sobre quais seriam de fato as funções e a efetividade de uma proposta pedagógica dessa ordem na formação musical hoje.

Keywords