Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Mar 2004)
Epidemiologic features of Guillain-Barré syndrome in São Paulo, Brazil Aspectos epidemiológicos da síndrome de Guillain-Barré em São Paulo, Brasil
Abstract
INTRODUCTION: There are few epidemiologic studies concerning Guillain-Barré syndrome (GBS). Due to difficulties with definition and lack of a standard diagnostic test of reference, GBS is not easy to study epidemiologically. We evaluate some epidemiological features of GBS in a sample of cases treated at a tertiary hospital in São Paulo, Brazil. METHOD: We retrospectively reviewed all cases of GBS with hospitalization in Santa Marcelina hospital, over the period of January 1995 through December 2002. RESULTS: Ninety-five cases were included in this study. Fifty-five were men and forty women, with a proportion of 1.4 men to 1 woman. The age ranged from 1 to 83 years with a mean age at onset of 34 years. GBS was less frequently observed below 15 years (18.9%) and above 60 years (16.9%). The highest frequency was observed in patients aged 15 to 60 years old (66.2%). The annual incidence rate was 0.6 cases/100,000 people. There was a highest frequency of cases during the months of September through March (62.1%). CONCLUSION: Our data differs from that of other epidemiological studies in that we did not observe a bimodal distribution in age and found a seasonal pattern in hotter months.INTRODUÇÃO: Os estudos epidemiológicos da síndrome de Guillain-Barré são escassos, devido às dificuldades com a definição da doença e à ausência de marcador biológico diagnóstico. Avaliamos aspectos epidemiológicos de uma amostra de pacientes com a SGB internados em hospital terciário da zona leste de São Paulo. MÉTODO: Avaliamos retrospectivamente prontuários de internação de todos os pacientes com o diagnóstico de SGB internados no Hospital Santa Marcelina no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2002. RESULTADOS E CONCLUSÃO: A amostra consta de 55 pacientes do gênero masculino e 40 pacientes do feminino, na proporção de 1.4 homens para 1 mulher. A idade variou de 1 a 83 anos (média: 34 anos). Observamos menor incidência da doença em pacientes com idade abaixo de 15 anos (18,9%) e acima de 60 anos (16,9%). A freqüência maior foi observada no subgrupo com idade entre 15 e 60 anos (66,2%). A incidência anual foi de 0,6 casos/100,000 habitantes, sendo 62,1% dos casos observados nos meses de setembro a março e 37,9% nos meses de abril a agosto. A mortalidade observada foi de 3,1%. CONCLUSÃO: Nossos resultados diferem daqueles publicados na literatura médica pela ausência de distribuição bimodal na idade e pelo caráter sazonal apresentado.
Keywords