Revista de Geociências do Nordeste (Jul 2018)

Precipitação Geoquímica em Ambientes Evaporíticos/Hipersalinos – o caso das Salinas Solares do Brasil

  • Diógenes Félix da Silva Costa,
  • Diego Emanoel Moreira da Silva,
  • Ana Caroline Damasceno Souza,
  • Denise Santos Saldanha,
  • Ana Isabel Lillebø

Journal volume & issue
Vol. 04, no. 01
pp. 58 – 70

Abstract

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As salinas têm sido utilizadas pelo homem há milênios, sendo compostas por uma série de tanques rasos e interconectados, nos quais a água do mar/estuário é captada e transferida de um tanque para outro por gravidade ou por bombeamento, onde a produção do sal se dá a partir da saturação e precipitação dos sais por evaporação solar. Objetivou-se identificar e descrever o processo de deposição e formação de sais em ambientes evaporíticos artificiais (salinas solares) do Brasil. Verificou-se que a precipitação de sais nas salinas incluiu os compostos menos solúveis na base para o mais solúvel na parte superior da sequência, na seguinte ordem: carbonatos (CaCO3), gipsita (CaSO42H2O), halita (NaCl), sais de potássio - silvinita (sistema NaCl-KCl), e magnésio - biscofita (MgCl2.6H2O). Os carbonatos precipitam-se em salinidades em torno de 50 a 80gL-1, seguidos dos sulfatos, que precipitam-se gradativamente ao longo dos evaporadores da salina, até atingir seu máximo de precipitação entre 150 e 160gL-1. As maiores quantidades de cristais de halita são formadas quando a concentração total da salinidade atingiu um valor acima de 240gL-1. A variação e sequência de deposição evaporítica nas salinas apresentam limites diferentes de dissolução no ambiente, vindo a precipitar-se quando atingem saturações máximas.

Keywords