Domínios de Lingu@gem (Dec 2017)

A “dança das línguas” Tradução e autoficção em contextos migratórios

  • Rosvitha Friesen Blume

DOI
https://doi.org/10.14393/DL32-v11n5a2017-10
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 5
pp. 1567 – 1582

Abstract

Read online

Em tempos de grandes movimentos migratórios como os que presenciamos na atualidade, o papel da tradução, bem como o da escrita autobiográfica se tornam questões prementes. A primeira, uma necessidade pragmática para a sobrevivência no novo meio; a segunda, uma tentativa de processamento de experiências que representam incisões profundas na biografia pessoal dos sujeitos migrantes. As escritoras radicadas na Alemanha Emine Sevgi Özdamar e Yoko Tawada são representantes de uma literatura autoficcional em língua alemã que narra histórias de deslocamentos geográficos, culturais e linguísticos, deslocamentos esses que demandam multifacetados exercícios de tradução, tanto interlinguísticos quanto culturais e identitários. Escritas como essas revelam o papel ético-político da autora-tradutora a serviço da mediação e da aproximação entre línguas-culturas-geografias supostamente distantes.