Demetra (Jun 2015)

DESPERDÍCIO ALIMENTAR E SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR COM O SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO DA ESCOLA DE HOTELARIA E TURISMO DE COIMBRA, PORTUGAL

  • Joana Gonçalves Carvalho,
  • João Pedro Marques Lima,
  • Ada Margarida Correia Nunes da Rocha

DOI
https://doi.org/10.12957/demetra.2015.15423
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 2
pp. 405 – 418

Abstract

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Introdução: O desperdício alimentar é matéria de interesse para os serviços de alimentação escolares. Uma das causas apontadas para sua ocorrência é a falta de consciência, por parte dos consumidores, para este problema. Objetivo: Avaliar o desperdício de alimentos nas refeições servidas no refeitório, a perceção dos consumidores em relação ao mesmo e sua satisfação com o serviço de alimentação. Metodologia: Foram avaliadas dois almoços, em dias consecutivos. As sobras e os restos resultantes da refeição foram pesados por componentes da mesma. Consideram-se inaceitáveis valores de desperdício superiores a 10%. As variáveis restantes foram avaliadas através da aplicação de um questionário aos utentes. Resultados e Discussão: A maioria dos indivíduos referiu estar satisfeita com o serviço de alimentação. Observaram-se 22,7% de sobras e 12,7% de restos, em média, nas refeições avaliadas. O componente do prato com maior quantidade de restos foi o peixe (25,37%), muito superior à carne (14,15%). Um valor superior a 20% de sobras foi encontrado para todos os componentes da refeição, exceto para o componente proteico e para o pão. Os inquiridos identificaram o fornecedor de hidratos de carbono como o componente mais desperdiçado, e referiram que normalmente não desperdiçam alimentos ao almoço. Conclusões: Apesar da satisfação com o serviço de refeições, os resultados do desperdício alimentar são considerados inaceitáveis e refletem a necessidade de melhorar o planeamento das refeições e a adequação das ementas às preferências dos consumidores. A dissociação entre a perceção de desperdício de alimentos e da quantidade e tipo de alimentos efetivamente desperdiçado justifica a intervenção ao nível da sensibilização dos usuários de cafeteria, como possível estratégia para reduzir o desperdício. DOI: 10.12957/demetra.2015.15423

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