Psicologia: Reflexão e Crítica (Dec 2005)

Para que serve uma subjetividade? Foucault, tempo e corpo What a subjectivity is useful for? Foucault, time and body

  • Hélio Rebello Cardoso Jr.

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-79722005000300008
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 3
pp. 343 – 349

Abstract

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O presente artigo procura retomar a mudança de rumo da obra de Foucault que determinou o enfoque sobre a subjetividade, sobretudo nos dois últimos volumes de História da Sexualidade. Com isso, nossa atenção volta-se para os marcos da definição de subjetividade como processo ou prática, que são a relação com o tempo e a dimensão transformacional ou criativa do corpo. Tal investigação conceitual sobre a subjetividade em Foucault procura indicar, outrossim, de que maneira a criação filosófica está relacionada ao modo de vida ou estilo de um filósofo. O pensamento derradeiro de Foucault é consistente com o estilo que ele vinha construindo no decorrer de sua obra, de modo que se discute a invectiva de que esta última fase, por razões várias, seria o lugar de um retorno do sujeito ou do homem que Foucault havia negado anteriormente.The present article main proposition focuses on the turn made by Foucault when he takes into a new account the theme of the subjectivity, above all in the last two volumes of History of the Sexuality. Henceforth, our attention retraces the two characters of the subjectivity definition as a process or practice, it means, our relationship with the time and the creative or transformative dimension of the body. We argue, then, against the assertion that Foucault's last issue would imply the return of the subject or of the man that he had previously denied, that the last Foucault is consistent with the style that he had been building throughout his past books.

Keywords