Mediações: Revista de Ciências Sociais (Jul 2010)

Candomblé e políticas públicas de saúde em Salvador, Bahia

  • Ordep Serra,
  • Maria Cristina Santos Pechine,
  • Serge Pechine

DOI
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2010v15n1p163
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 1
pp. 163 – 178

Abstract

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No passado, as comunidades religiosas afro-brasileiras foram objetos da perseguição policial forte; além de racismo e intolerância religiosa, esta perseguição foi inspirada por um preconceito médico generalizado: a etnomedicina afro-brasileira foi categorizada como charlatanismo e os ritos entusiásticos dos terreiros como causa (ou sintoma) de desordens psíquicas. Os estudos antropológicos evidenciaram a inanidade deste preconceito e evidenciaram que os terreiros não são somente templos, mas também agências de serviço de saúde populares importantes. Em duas décadas passadas, o Movimento Negro Brasileiro teve êxito na proposição de uma nova política de saúde pública para os negros no Brasil; em particular, líderes dos terreiros no estado da Bahia continuaram criando novas formas de cooperação com organizações governamentais e não governamentais com este objetivo. Discutimos neste artigo o estado presente e os desenvolvimentos possíveis desta cooperação incipiente.

Keywords