Revista Espaço Acadêmico (Mar 2020)
Eu sou assim, LGTB:
Abstract
Após a luta dos movimentos sociais pelos direitos humanos, pessoas com identidade de gênero diversa do sexo anatômico começam a buscar seus direitos. Muitas/os destas/es sujeitas/os são levadas/os à marginalidade, sem direito a saúde, educação, a formas dignas de vida. Quando expulsas/os pelas suas famílias, na maioria das vezes, buscam na prostituição o único modo de sobrevivência sendo, por fim, julgadas/os por utilizar-se deste meio de sobrevivência. A prostituição se apresenta como um caminho que permite aos segmentos mais vulneráveis da sigla LGBT a ter acesso a uma economia que permita alguma forma de coexistir num mundo que lhes nega solidariedade. O gênero é conjunto de dispositivos sexopolíticos (medicina, representação pornográfica, instituições familiares) que são reapropriados pelas minorias sexuais tomando para si o protagonismo em revelar a sua perspectiva dos processos históricos e sociais (BUTLER, 2001; NASCIMENTO et al, 2019). A partir da I Conferência Nacional LGBT em 2008, entra na pauta o reconhecimento dos direitos de cidadãs/ãos LGBT (LANDO et al, 2018). Por conta de um conjunto de discriminações institucionais os LGBTs vivem em situação de isolamento social e econômico (NEGREIROS et al, 2019; FERREIRA, PEDROSA e NASCIMENTO, 2018). Esse se constitui num cenário de luta econômica e solidária.