Jornal de Pediatria (Versão em Português) (Sep 2019)
Ultra‐processed food consumption among infants in primary health care in a city of the metropolitan region of São Paulo, Brazil
Abstract
Objective: To analyze the prevalence of ultra‐processed food intake among children under one year of age and to identify associated factors. Methods: A cross‐sectional design was employed. We interviewed 198 mothers of children aged between 6 and 12 months in primary healthcare units located in a city of the metropolitan region of São Paulo, Brazil. Specific foods consumed in the previous 24 h of the interview were considered to evaluate the consumption of ultra‐processed foods. Variables related to mothers’ and children's characteristics as well as primary healthcare units were grouped into three blocks of increasingly proximal influence on the outcome. A Poisson regression analysis was performed following a statistical hierarchical modeling to determine factors associated with ultra‐processed food intake. Results: The prevalence of ultra‐processed food intake was 43.1%. Infants that were not being breastfed had a higher prevalence of ultra‐processed food intake but no statistical significance was found. Lower maternal education (prevalence ratio 1.55 [1.08–2.24]) and the child's first appointment at the primary healthcare unit having happened after the first week of life (prevalence ratio 1.51 [1.01–2.27]) were factors associated with the consumption of ultra‐processed foods. Conclusions: High consumption of ultra‐processed foods among children under 1 year of age was found. Both maternal socioeconomic status and time until the child's first appointment at the primary healthcare unit were associated with the prevalence of ultra‐processed food intake. Resumo: Objetivo: Analisar a prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados entre crianças com menos de um ano e identificar os fatores associados. Métodos: Foi realizado um estudo transversal. Entrevistamos 198 mães de crianças com idades entre 6 e 12 meses em unidades de atenção primária à saúde localizadas em Embu das Artes, uma cidade da região metropolitana de São Paulo, Brasil. Alimentos específicos consumidos nas 24 horas anteriores à entrevista foram considerados para avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados. As variáveis relacionadas às características das mães e crianças e as unidades de atenção primária à saúde foram agrupadas em três blocos de influência cada vez mais proximal com o resultado. Foi realizada uma análise de regressão de Poisson de acordo com um modelo estatístico hierárquico para determinar os fatores associados ao consumo de alimentos ultraprocessados. Resultados: A prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados foi 43,1%. As crianças que não eram amamentadas apresentaram maior prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados, porém não foi encontrada diferença estatística. Menor nível de escolaridade materna (RP 1,55 [1,08–2,24]) e o fato de a primeira consulta da criança na unidade de atenção primária à saúde acontecer na primeira semana de vida (RP 1,51 [1,01–2,27]) foram fatores associados ao consumo de alimentos ultraprocessados. Conclusões: Foi encontrado consumo elevado de alimentos ultraprocessados entre crianças com menos de um ano. A situação socioeconômica materna e o tempo da primeira consulta da criança na unidade de atenção primária à saúde foram associados à prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados. Keywords: Complementary feeding, Infant feeding practices, Primary health care, Ultra‐processed food, Palavras‐chave: Alimentação complementar, Práticas de alimentação infantil, Atenção primária à saúde, Alimento ultraprocessado