Revista Maracanan (Sep 2023)

Mercadorias orientais na cidade da Bahia: as fazendas de Antonio Manoel de Melo e Castro (1795)

  • Victória Carneiro Sousa,
  • Augusto Fagundes da Silva dos Santos

DOI
https://doi.org/10.12957/revmar.2023.74292
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 33
pp. 168 – 188

Abstract

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O presente artigo realiza um levantamento das mercadorias orientais existentes no inventário post-mortem de Antônio Manoel de Melo e Castro. Nascido em Goa, na Índia, esse indivíduo era filho do capitão general português Francisco de Melo e Castro e de Maria Antonia Álvares Pereira de Lacerda, que também era natural de Goa. Antônio Manoel de Melo e Castro foi Governador da Capitania de Rios de Sena entre 1780 e 1786, e depois Governador-geral de Moçambique, durante os anos de 1786 a 1793. Malgrado seus laços nas terras do Índico, foi dono de um comércio de fazendas secas com confecções têxteis, louças, joias e outros itens de luxo de origens asiáticas na Bahia, onde faleceu em 1795. O artigo discute alguns elementos da trajetória de Melo e Castro, o contexto de recrudescimento do comércio oriental na Carreira da Índia no final do século XVIII, e analisa as fazendas de seu inventário na dinâmica local, onde o consumo dessas mercadorias foi uma forma de distinção para os grupos mais abastados da cidade da Bahia no período colonial.

Keywords