Estudos Internacionais (Dec 2018)

Notas sobre hegemonia, estado e guerra em Gilpin

  • Rafael Duarte Villa,
  • Débora Garcia Gaspar

DOI
https://doi.org/10.5752/P.2317-773X.2018v6n3p66
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 3

Abstract

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Alguns autores como William Wohlforth sugerem que o campo de Relações Internacionais teria ido mais longe e se desenvolvido melhor, se as teorias e o campo epistêmico de Robert Gilpin houvessem desempenhado o papel de um acontecimento intelectual contrafatual. Nosso argumento é que o ecletismo tanto temático, quanto teórico de Gilpin – capaz de abraçar causalidades materiais, ideias e instituições –, que caracteriza sua obra, aparentemente o teria impedido de sistematizar um quadro teórico e um conjunto de conceitos, limitando as possibilidades de chegar a ser o pensador contrafatual (ao neorrealismo), conforme reivindicado por Wohlforth. No entanto, sua obra, aparentemente dispersa, é composta de três grandes eixos de pensamento – estabilidade hegemônica, suas reflexões sobre o status contemporâneo do Estado e sua teoria da mudança política, bem como seu impacto sobre a guerra – e o que dá unidade e coesão aqueles três eixos é o conceito de hegemonia (no sentido de poder material).

Keywords