Revista de Saúde Pública (Oct 2005)
Neonatal mortality in intensive care units of Central Brazil Mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos no Brasil Central
Abstract
OBJECTIVE: To identify potential prognostic factors for neonatal mortality among newborns referred to intensive care units. METHODS: A live-birth cohort study was carried out in Goiânia, Central Brazil, from November 1999 to October 2000. Linked birth and infant death certificates were used to ascertain the cohort of live born infants. An additional active surveillance system of neonatal-based mortality was implemented. Exposure variables were collected from birth and death certificates. The outcome was survivors (n=713) and deaths (n=162) in all intensive care units in the study period. Cox's proportional hazards model was applied and a Receiver Operating Characteristic curve was used to compare the performance of statistically significant variables in the multivariable model. Adjusted mortality rates by birth weight and 5-min Apgar score were calculated for each intensive care unit. RESULTS: Low birth weight and 5-min Apgar score remained independently associated to death. Birth weight equal to 2,500g had 0.71 accuracy (95% CI: 0.65-0.77) for predicting neonatal death (sensitivity =72.2%). A wide variation in the mortality rates was found among intensive care units (9.5-48.1%) and two of them remained with significant high mortality rates even after adjusting for birth weight and 5-min Apgar score. CONCLUSIONS: This study corroborates birth weight as a sensitive screening variable in surveillance programs for neonatal death and also to target intensive care units with high mortality rates for implementing preventive actions and interventions during the delivery period.OBJETIVO: Identificar fatores prognósticos de mortalidade neonatal em unidades de cuidados intensivos. MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte de nascidos vivos do município de Goiânia, no período de novembro de 1999 a outubro de 2000. Procedeu-se à vinculação das bases de dados das declarações de nascidos vivos e de óbitos, das quais as variáveis de exposição foram extraídas. Adicionalmente, foi implementado um sistema ativo de vigilância de mortalidade neonatal. A variável de efeito foi constituída dos recém-nascidos admitidos nas unidades de cuidados intensivos que sobreviveram (n=713) e dos que morreram (n=162). Utilizou-se o modelo de regressão de Cox para identificar fatores associados à mortalidade neonatal e a curva Receiver Operating Characteristic para avaliar a acurácia de variáveis estatisticamente significantes em modelo multivariado. Taxas de mortalidade ajustadas por peso de nascimento e Apgar do quinto minuto foram calculadas para cada unidade de cuidados intensivos. RESULTADOS: Baixo peso ao nascer e Apgar do quinto minuto permaneceram associados ao óbito neonatal, de forma independente. Peso ao nascer igual a 2.500 g apresentou acurácia de 0,71 (IC 95%: 0,65-0,77) na predição de óbito neonatal (sensibilidade =72,2%). Observou-se ampla variação nas taxas de mortalidade entre as unidades de cuidados intensivos (9,5%-48,1%) sendo que duas delas permaneceram com taxas significantemente mais altas após o ajuste da mortalidade pelo peso de nascimento e Apgar. CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que o peso de nascimento é uma variável sensível para uso em triagens em programas de vigilância de óbito neonatal e pode identificar as unidades de cuidados intensivos com altas taxas de mortalidade para implementação de ações preventivas e para intervenções no período intra-parto.
Keywords