Revista Brasileira de Ortopedia (Jan 2011)
Avaliação do tratamento cirúrgico das fraturas da coluna toracolombar com material de terceira geração tipo fixador interno Evaluation of surgical treatment of fractures of thoracolumbar spine with third-generation material for internal fixation
Abstract
OBJETIVO: Avaliar o resultado funcional dos pacientes com fratura da coluna toracolombar cirúrgica. MÉTODO: Foi feito um estudo prospectivo incluindo 100 pacientes portadores de fratura da coluna vertebral nos segmentos torácico e lombar. As lesões foram classificadas conforme a sistemática da AO e os pacientes foram tratados com cirurgia. Avaliou-se a presença de cifose inicial e sua evolução após a intervenção cirúrgica, a presença de dor pós-operatória e sua evolução até 24 semanas do ato cirúrgico. Comparando nossos dados com a literatura. RESULTADOS: Analisados 100 pacientes cirúrgicos, sendo 37 do tipo A, 46 do tipo B e 17 do tipo C, observamos que os pacientes que se apresentavam com Frankel A mantiveram o quadro, porém, os pacientes com Frankel B ou mais, evoluíram com alguma melhora do quadro; a média da melhora da dor baseada na escala visual analógica (EVA) foi acima de 4 pontos, e o retorno às atividades de rotina diária constatado em todos os pacientes, sendo que o retorno ao trabalho não foi considerado por nós como critério de avaliação. CONCLUSÃO: Apesar da controvérsia quanto à indicação da cirurgia nas fraturas da coluna, consideramos o método por nós utilizado como satisfatório, com bons resultados e baixo índice de complicações, porém mais estudos prospectivos e randomizados, com um seguimento mais longo, são necessários para uma avaliação deste tipo de fixação.OBJECTIVE: To evaluate the functional results from patients with surgical fractures in the thoracolumbar spine. METHOD: A prospective study including 100 patients with spinal fractures in the thoracic and lumbar segments was conducted. The lesions were classified in accordance with the AO system, and the patients were treated surgically. The presence of early kyphosis and its evolution after the surgical intervention, and the presence of postoperative pain and its evolution up to the 24th week after the surgery, were evaluated. We compared our data with the literature. RESULTS: One hundred surgical patients were analyzed, of which 37 were type A, 46 were type B and 17 were Type C. Patients who presented Frankel A kept their clinical status, but patients with Frankel B or higher evolved with some improvement. The average improvement in pain based on a visual analog scale was more than four points. All the patients were able to return to their daily routine activities, although we did not take the return to work to be an assessment criterion. CONCLUSION: Despite controversy regarding the indications for surgery in cases of fractured spine, we believe that the method that we used was satisfactory because of the good results and low complication rate. However, more randomized prospective studies with longer follow-up are needed in order to evaluate this type of fixation.
Keywords