Planta Daninha (Apr 2003)
Efeitos da chuva na eficiência de formulações e doses de glyphosate no controle de Brachiaria decumbens Rainfall effects on glyphosate formulation and rate the efficiency to control of Brachiaria decumbens
Abstract
O objetivo deste trabalho foi de avaliar os efeitos de doses das formulações de glyphosate - amônio, isopropilamina e potássico - sobre o controle de plantas de Brachiaria decumbens, em condições controladas, quando submetidas à chuva com intensidade de 20 mm e durante 30 minutos, em intervalos de 1, 2, 4, 6, 12 e 24 horas após aplicação dos tratamentos herbicidas. A ocorrência de chuvas após a aplicação de glyphosate reduziu o controle de B. decumbens, e essa redução foi maior com a diminuição do intervalo sem chuva após a aplicação. As aplicações das formulações de glyphosate potássico e isopropilamina resultaram em maior controle da B. decumbens que a formulação de glyphosate amônico. Esse efeito foi também observado no acúmulo de matéria seca da rebrota da planta daninha, avaliada aos 19 dias após o corte da parte aérea das plantas. Foram necessários intervalos de pelo menos 8, 11 e 12 horas sem chuva após aplicação, respectivamente para glyphosate potássico, isopropilamina e amônio, na dose de 1.440 g ha-1, para obter controle maior que 80%. Na dose de 2.160 g ha-1 necessitou-se de intervalos de pelo menos 5, 7 e 9 horas sem chuva, respectivamente para as formulações de glyphosate potássico, isopropilamina e amônio, para proporcionar o mesmo controle de B. decumbens. Na avaliação da matéria seca acumulada na rebrota, o glyphosate potássico proporcionou controle excelente da espécie (rebrota menor do que 5%) a partir de quatro e cinco horas sem chuva após aplicação, respectivamente nas duas maiores doses (2.160 e 1.440 g ha-1). No caso do glyphosate isopropilamina, nas doses de 2.160 e 1.440 g ha-1, o mesmo controle foi obtido a partir de 7 e 12 horas sem chuva, respectivamente. Concluiu-se que as formulações glyphosate potássico e isopropilamina são menos afetadas pela ocorrência de chuva após a aplicação e demandam menor intervalo livre de chuva do que o glyphosate amônio.The objective of this study was to evaluate the dose effects the glyphosate formulations - ammonium, isopropylamine and potassic - on Brachiaria decumbens plant control, under controlled conditions, when submitted to 20 mm of rainfall intensity for 30 minutes, at intervals of 1, 2, 4, 6, 12 and 24 hours after application of the herbicide treatments. Rainfall events after glyphosate application reduced the control of B. decumbens and this reduction was higher as the rainfall event was closer to the herbicide application. Potassic and isopropylamine glyphosate formulations showed a higher control of B. decumbens than ammonium glyphosate formulation. This effect was also observed on the dry biomass accumulation of B. decumbens regrowth, which was evaluated at 19 days after excising the plantshoot. At least 8, 11 and 12 hours after glyphosate application without rainfall were required, respectively, for potassic, isopropylamine and ammonium glyphosate at the dose of 1,440 g ha-1, to obtain a control over 80%; however, for the rate of 2,160 g ha-1, intervals required were 5, 7, and 9 hours, at least, respectively, to obtain the same control of B. decumbens. Dry biomass accumulation oduring weed regrowth was lower than 5%, providing an excellent control of the weed when four to five hours without rainfall occurred after herbicide application at the highest two doses (2,160 and 1,440 g ha-1). For isopropylamine glyphosate at the doses of 2,160 and 1,440 g ha-1, the same control was obtained from 7 and 12 hours without rainfall, respectively. It was concluded that both the potassic and isopropylamine glyphosate formulations are less affected by rainfall events after herbicide application, tolerating rainfall in a shorter interval after herbicide application than ammonium glyphosate.
Keywords