Revista Árvore (Dec 2009)
Síndromes de dispersão de sementes em três trechos de vegetação ciliar (nascente, meio e foz) ao longo do rio Pindaíba, MT Seed dispersal syndromes in three riparian vegetation sites (source, middle and estuary) along the Pindaíba river, Mato Grosso state, Brazil
Abstract
Este estudo foi desenvolvido visando identificar as proporções entre as síndromes de dispersão e os tipos de frutos encontrados em três áreas: nascente (Cerrado Rupestre), meio e foz (mata ciliar Floresta Estacional Semidecidual) ao longo do Rio Pindaíba, MT. No trecho de nascente, 55,6% das espécies amostradas eram zoocóricas, 43% anemocóricas e apenas 1,4% autocóricas, respectivamente. No trecho do meio, 85,7% das espécies eram zoocóricas, 11,7% anemocóricas e apenas 1,3% autocóricas. Na foz do Rio Pindaíba foram encontradas 77,5% de espécies zoocóricas, 20% de anemocóricas e apenas 2,5% de autocóricas. A hipótese levantada neste estudo foi de que em áreas abertas (nascente) a proporção de espécies anemocóricas seria maior do que em ambientes fechados (meio e foz), onde predominaria a zoocoria. Entretanto, não houve diferença significativa nas proporções de espécies anemocóricas e zoocóricas na nascente (Cerrado Rupestre), enquanto no meio e na foz (mata ciliar) as proporções de zoocoria foram maiores. Ambientes florestais, estruturalmente mais complexos com menor circulação do vento e menor incidência luminosa, requerem estratégias de dispersão mais direcionadas e previsíveis como a zoocoria.This study was carried out to identify the proportions between the dispersal syndromes and fruit types found in three regions: source (rupestrian cerrado), middle zone and estuary (riparian semideciduous forest) along the River Pindaíba-MT. At the source, 55.6% of shrub-tree species are zoochoric, 43% are anemochoric and only 1.4% are autochoric. In the middle zone, 85.7% of species are zoochoric, 11.7% anemochoric and only 1.3% are autochoric. At the estuary of River Pindaíba, we found 77.5% of zoochoric species, 20% of anemochory and only 2.5% of autochory. Our hypothesis for the study was that, in open areas (source), the proportion of anemochoric species would be higher than in closed environments (middle zone and mouth), with the predominance of zoochory . However, there was no significant difference in the proportions of anemochoric and zoochoric species for the source (rupestrian cerrado), whereas in the middle zone and at the estuary(riparian), the proportions of zoochory were higher. Forest environments, which are structurally more complex with less wind circulation and lower light incidence, require dispersion strategies more directed and predictable, such as zoochory.
Keywords