Revista Criação & Crítica (Apr 2018)

De Marcellina a Marcella: representações em Cassandra Rios

  • Alexandra Santos Pinheiro,
  • Izadora Fernanda Reichert Rodrigues

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i20p78-88
Journal volume & issue
no. 20

Abstract

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Cassandra Rios, pseudônimo de Odete Rios, foi a primeira autora brasileira a colocar em evidência a representação da prostituição e a da homoafetividade feminina, temáticas que a levaram a sofrer diversas censuras. Para a presente análise, adotamos como corpus o romance Marcellina, que conta a história de vida de uma mulher fora dos padrões sociais impostos, mas que, mesmo assim, propaga as intolerâncias da sociedade quanto à homossexualidade. Marcellina é uma personagem contraditória, conduzida ao mundo obscuro da venda do corpo, vive uma relação homoafetiva e, ainda assim, expõe um discurso preconceituoso às relações que não se enquadram às normas heterossexuais. A obra será analisada à luz da teoria da representação e da escrita de autoria feminina, em diálogo com Rita Teresinha Schmidt (1995), Michel Foucault (1977), Tânia Navarro-Swain (2000), dentre outros referenciais.

Keywords