Cadernos de Saúde Pública (Jan 1996)

Saúde materno-infantil em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: principais conclusões da comparação dos estudos das coortes de 1982 e 1993

  • Barros Fernando C.,
  • Victora Cesar G.,
  • Tomasi Elaine,
  • Horta Bernardo,
  • Menezes Ana Maria,
  • Cesar Juraci A.,
  • Halpern Ricardo,
  • Olinto Maria Teresa,
  • Post Cora Luiza,
  • Costa Juvenal S. D.,
  • Menezes Flávio S.,
  • Garcia Maria del Mar,
  • Vaughan J. Patrick

Journal volume & issue
Vol. 12, no. suppl.1
pp. 87 – 92

Abstract

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Este artigo resume os principais achados dos estudos das coortes materno-infantis de Pelotas em 1982 e 1993. Houve uma redução no número de nascimentos, de 6.011 em 1982 para 5.304 em 1993, fato não distribuído de forma eqüitativa entre os diferentes grupos de renda familiar, ocorrendo entre as mulheres de baixa renda cerca de 1.000 nascimentos a menos do que em 1982. O grupo com renda mais elevada contribuiu com um aumento de cerca de 300 nascimentos. A situação nutricional das mães apresentou variações na década, com um aumento médio de 3,5 cm em estatura e 3,9 kg no peso no início da gestação. Apesar destas melhoras, a proporção de recém-nascidos de baixo peso aumentou para 9,8% em 1993 (9,0%, 1982). Observou-se um aumento na incidência de nascimentos pré-termo e de retardo de crescimento intra-uterino assim como uma redução nos coeficientes de mortalidade perinatal - 32,2/1.000 em 1982 e 22,1/1.000 em 1993. A situação nutricional aos 12 meses de idade apresentou comportamentos distintos, com um discreto aumento do déficit de comprimento/idade em 1993, e uma redução de quase 50% nos déficits de peso/idade e peso/comprimento. O coeficiente de mortalidade infantil decresceu de 36,4 /1.000 nascidos vivos em 1982 para 21,1/.000 em 1993.

Keywords