Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada (Sep 2007)

Identificação de problemas relacionados com medicamentos nos pacientes com síndrome metabólica atendidos em uma unidade básica de saúde do município de Vila Velha - ES

  • E.M. Andrade,
  • E.S. Cesana,
  • N.G. Ferreira,
  • E.L. Vitória,
  • T.U. Andrade

Journal volume & issue
Vol. 28, no. 3

Abstract

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A síndrome metabólica (SM) é um transtorno caracterizado por anormalidades metabólicas relacionadas com obesidade, resistência à insulina e hipertensão. Além das modifica- ções do estilo de vida, é necessário tratamento farmacológico dos pacientes portadores desta síndrome. O objetivo deste estudo foi determinar a freqüência de problemas relacionados com medicamentos (PRM) em pacientes com SM atendidos numa Unidade Básica de Saúde de Vila Velha, entre novembro de 2006 e abril de 2007. Participaram do programa de Atenção Farmacêutica (AF) 32 pacientes diagnosticados com SM de acordo com o National Cholesterol Education Program (NCEP-ATP III) do programa de Atenção Farmacêutica (AF). Foi utilizada a metodologia Dáder de AF e a classificação de PRM do Segundo Consenso de Granada. A pressão arterial média (PAM), circunferência abdominal (CA), glicose plasmática, triglicérides e HDL-C foram medidos para confirmar o diagnóstico de SM. Após entrevista com os pacientes, foi executada a análise situacional da terapêutica e os PRM identificados e classificados. Foi aplicado o teste de Morisky para avaliação do nível de adesão ao tratamento farmacológico. O parâmetro mais alterado foi a glicemia (96,9%; n=31), seguido por CA (71,9%; n=23), HDLC (62,5%; n=20); triglicérides (59,4%; n=19) e PAM (43,8%; n=14). Foram identificados 122 PRM relacionados à eficiência (47,65; n=68), à segurança (31,1%; n=38) e à necessidade (21,3%; n=26). Houve uma correlação positiva entre o nú- mero de PRM/paciente e o número de medicamentos/paciente (p<0,01); e entre a idade e o número de medicamentos/ paciente (p<0,01). Apenas 21,9% dos pacientes eram aderentes ao tratamento. A polifarmácia, a baixa adesão ao tratamento e a idade da população estudada foram fatores importantes à predominância elevada de PRM detectada nos pacientes com SM analisados.

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