Brazilian Journal of Transplantation (Jan 2023)

Uso de Oxigenação por Membrana Extracorpórea no Transplante Hepático: Uma Revisão Integrativa

  • Henrique Nóbrega Zoby,
  • Luísa Borges Oliveira de Arruda Falcão,
  • Laura Cabral Barros Correia,
  • Marlon Vinicius Alves Soares Rêgo,
  • Giovanna Vasconcelos Wanderley,
  • Fernando Pires de Góes Vilachan,
  • Carlos Vinicius de Oliveira Lima,
  • Ludmila Rodrigues Oliveira Costa,
  • Hugo Rafael Souza e Silva,
  • Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto

Journal volume & issue
Vol. 26, no. 1

Abstract

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Objetivo: Revisar a aplicabilidade da Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, do inglês extracorporeal membrane oxygenation) durante os períodos pré, intra e pós-operatório de pacientes submetidos ao transplante de fígado. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa que buscou avaliar as indicações do uso da ECMO no transplante hepático, assim como suas complicações. Utilizou-se as bases de dados: MEDLINE, Web of Science e Scopus, com artigos publicados nos últimos 10 anos, em inglês e português. Resultados: Nesta revisão foram incluídos 24 trabalhos, dos quais 3 eram artigos originais e 21 eram relatos de caso. Os estudos foram divididos de acordo com o período da aplicação da ECMO em relação ao transplante hepático: 1 em relação ao pré-operatório, 8 ao intraoperatório e 15 no pós-operatório. Identificou-se que o uso da ECMO possui como principal indicação complicações relacionadas à síndrome hepatopulmonar. A quantidade limitada de artigos com uso na ECMO no pré-operatório reflete a importância do transplante hepático como principal medida para manejo das complicações da doença hepática. Na fase intraoperatória, a utilização da ECMO é expressiva no manejo de complicações cardiopulmonares refratárias a intervenções prévias. O uso desse mecanismo no pós-operatório identifica-se como o mais relatado, com principal indicação na hipoxemia grave secundária à síndrome hepatopulmonar em que outros tratamentos foram ineficazes. As principais complicações relacionadas ao uso do dispositivo foram sepse, falência renal e sangramento. Conclusão: A ECMO é uma modalidade terapêutica importante para o manejo de intercorrências provenientes do transplante hepático. Todavia poucos estudos na literatura possuem um número amostral adequado para avaliar sua real eficácia e seu nível de segurança.

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