Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

O CUIDADO ATRAVÉS DO OLHAR DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE VISITA AO DOMICÍLIO DO PACIENTE SUBMETIDO AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS ANTES DA ALTA HOSPITALAR

  • BZ Spessatto,
  • CO Grings,
  • GL Pedebos,
  • GB Kabke,
  • J Zuckermann,
  • JF Oliveira,
  • LM Vilanova,
  • N Rohsmann,
  • PG Guilardi

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S1184 – S1185

Abstract

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Objetivo: Descrever a importância do enfermeiro no processo de educação em saúde na alta hospitalar do paciente pós transplante de células tronco hematopoiéticas através da visita domiciliar (VD) em um hospital de referência do sul do país. Método: Relato de experiência da participação do enfermeiro inserido no Programa de Assistência ao Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (PATCTH) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre na visita domiciliar. Resultados: O PATCTH visa ofertar ao paciente cuidados multidisciplinares relacionados às fases do tratamento a serem enfrentadas e as orientações necessárias para o pós-alta hospitalar. Nessa fase, sabe-se da importância do paciente viver em um domicílio onde não ocorra a exposição a riscos ambientais que podem ser evitados. Dessa forma, o enfermeiro, e a assistente social envolvida e participante do PATCTH agendam a visita com um familiar próximo do paciente, que irá residir no mesmo ambiente e auxiliar nos cuidados, e visitam o domicílio previamente a alta, realizando junto a família um plano de ação para receber o paciente em casa, sinalizando as adequações necessárias ao ambiente e a rotina da família, de modo que o local se torne seguro para o seu retorno. São verificados fatores de risco determinantes como contato com poeira, cimento, plantas e animais. Sendo assim, é realizada uma lista de adequações conforme a necessidade ali avaliada. O enfermeiro e o assistente social, como disseminadores de informações, realizam um processo de educação em saúde com o familiar e o paciente, fazendo-os compreender o porquê de tais adequações, informando os riscos aos quais o paciente poderá ser exposto, e também, oferecendo idéias de ajustes que sejam compatíveis com a realidade social e econômica da família. Em caso de impossibilidade na realização das adequações, o serviço social verifica a viabilização de uma casa de apoio, previamente conhecida pela equipe assistencial, na qual poderá receber o paciente junto a um familiar, respeitando os cuidados necessários para um ambiente seguro. Conclusão: Conforme a experiência assistencial na VD, é possível afirmar que através da educação dos familiares e do paciente a respeito do processo de transplante e dos cuidados necessários no ambiente domiciliar cria-se um cenário adequado para promover a recuperação plena. Ao paciente é viabilizada a corresponsabilização do seu autocuidado e tratamento, e ao familiar a autonomia e a segurança em suas ações de cuidado.