Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Mar 2007)

Edema pulmonar por pressão negativa após extubação traqueal: relato de caso Negative pressure pulmonary edema after tracheal extubation: case report

  • Fabiano Timbó Barbosa,
  • Luciano Timbó Barbosa,
  • Jadielson Higino de Almeida,
  • Kleyner Leão Gomes da Silva,
  • Roberta Ribeiro Marques Brandão,
  • Leyna Leite Santos

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2007000100017
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 1
pp. 123 – 127

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O edema pulmonar por pressão negativa após obstrução de via aérea é atualmente uma entidade bem descrita, porém pouco diagnosticada e com poucos casos relatados. O objetivo deste artigo foi relatar um caso de edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) após extubação traqueal com sucesso terapêutico, após uso de ventilação mecânica não-invasiva com pressão positiva. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 22 anos, foi submetida à colecistectomia aberta. Os exames pré-operatórios encontravam-se sem alterações. Imediatamente após extubação a paciente apresentou dispnéia súbita e crepitações pulmonares. Foi iniciado tratamento para edema agudo de pulmão com oxigenoterapia sob máscara de Venturi, elevação do tórax e diurético. A paciente foi encaminhada a UTI devido a falha no tratamento. Ao chegar a UTI foi iniciada ventilação mecânica não-invasiva (VMNI) com pressão de suporte (15 cmH2O) e pressão expiratória final positiva (5 cmH2O) com resolução dos sintomas. A paciente foi mantida em observação por mais 24 horas depois do evento com boas condições e recebeu alta para o quarto sem sintomas. CONCLUSÕES: O EPPN é uma entidade de difícil diagnóstico e deverá ser observada sempre que os pacientes evoluem com sinais e sintomas de insuficiência respiratória pós-extubação. Esta paciente se beneficiou de VMNI, mas caso haja falha terapêutica, a intubação traqueal e o suporte ventilatório mecânico invasivo deverão ser instituídos para melhor oxigenação dos pacientes.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Negative pressure pulmonary edema after acute upper airway obstruction is a well-described event, thought infrequently diagnosed and reported. This report aimed at presenting a case of postextubation negative pressure pulmonary edema refractory to use of diuretics and with successful therapeutic after using positive pressure noninvasive mechanic ventilation. CASE REPORT: A 22-year-old-woman underwent an operation to opened colecistectomy. The preoperative exams were abnormality us. Immediately after the extubation the patient presented with dyspnea and lungs stertors. The treatment for the acute pulmonary edema started with oxygen therapy under Venturi mask, lifting up chest and diuretic. The patient was transferred to Intensive Care Unit due to the lack of success with the treatment. A noninvasive ventilation (NIV) was started with support pressure of 15 cmH2O and PEEP of 5 cmH2O with resolution of symptoms. The patient was maintained under observation for 24 hours after the event with good conditions and received discharge to room without symptoms. CONCLUSIONS: Negative pressure pulmonary edema (NPPE) is a difficult diagnosed event and it must be always considered when patient develop with symptoms and signals of respiratory insufficiency postextubation. In our case was possible to treat with positive pressure non-invasive mechanical ventilation, but in case of the NIV failure the tracheal intubation and the invasive mechanical ventilatory support be initiated to improve the oxygen levels of the patient.

Keywords