Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Aug 2024)

Estudo Randomizado Comparando a Ablação por Cateter com o PVAC Gold vs. Tratamento com Fármacos Antiarrítmicos em Pacientes Idosos com Fibrilação Atrial Sintomática

  • Luiz Claudio Berhmann Martins,
  • Cristiano F. Pisani,
  • Fabio K. Dorfman,
  • Francisco C. C. Darrieux,
  • Tan C. Wu,
  • Alberto P. Ferraz,
  • Denise T. Hachul,
  • Claudio Campi de Castro,
  • Rogério Ruscitto do Prado,
  • Luciana V. F. Souza,
  • Luciana Sacilloto,
  • Gabrielle D. A. Pessente,
  • Cesar J. Grupi,
  • Muhieddine Omar Chokr,
  • Cesar H. Nomura,
  • Kátia Rodrigues de Oliveira,
  • Conrado P. Balbo,
  • Sissy L. Melo,
  • Pedro Veronese,
  • Mauricio I. Scanavacca

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20230684
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 6

Abstract

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Resumo Fundamento Não existem estudos randomizados comparando a manutenção do ritmo sinusal após ablação por cateter (AC) em relação ao tratamento com fármacos antiarrítmicos (AA) em pacientes idosos portadores fibrilação atrial (FA) paroxística. Objetivos Comparar os resultados clínicos do isolamento das veias pulmonares (VPs) com o cateter PVAC Gold de segunda geração com o uso de AA em idosos com FA paroxística sintomática, recorrente, apesar do uso de fármacos AA. Métodos Sessenta pacientes com FA paroxística ≥ 65 anos e sem cardiopatias estruturais foram randomizados para duas formas de tratamento: grupo 1: AC e grupo 2: AA. O desfecho primário foi a taxa livre de recorrência de FA após pelo menos um ano de seguimento. Os desfechos secundários foram: progressão para formas persistentes de FA, impacto na qualidade de vida (QVFA) e complicações. O nível de significância adotado na análise estatística foi de 5% (p<0,05). Resultados A taxa livre de recorrência de FA foi de 80% (10% com amiodarona) no grupo AC, após 1,3 procedimentos por paciente e de 65% no grupo AA (60% com amiodarona), (p = 0,119) num seguimento médio de 719 dias (Q1: 566; Q3: 730). A taxa livre de FA persistente foi de 83,4% no grupo AC e de 67,7% no grupo AA (p = 0,073). Ambas as estratégias apresentaram melhora no escore de QVFA durante o seguimento (p < 0,001), sem diferença entre os grupos. Embora sem repercussão clínica ou impacto no teste de avaliação intelectual, 25% dos pacientes do grupo PVAC apresentou sinais de embolização cerebral na RNM cerebral. Conclusões Ambas as estratégias para manutenção do ritmo sinusal promoveram melhora na qualidade de vida de pacientes idosos com FA sintomática, sem diferença estatística nos desfechos clínicos preconizados. Estudos adicionais usando tecnologias com melhor perfil de segurança são necessários para avaliar os benefícios da AC em pacientes idosos com FA.

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