Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)
PREVALÊNCIA DA TALASSEMIA NO ESTADO DO PARÁ
Abstract
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi estimar o perfil demográfico do paciente com Talassemia no Pará entre 1989 a 2024, além de analisar informações da produção ambulatorial e hospitalar. Material e métodos: O presente resumo se trata de um estudo descritivo, retrospectivo com uso de dados secundários obtidos a partira de banco de dados HEMOPA – SISCON. O presente trata se de pacientes com hemoglobinopatias, compreendendo o período de janeiro de 189 a julho de 2024, realizado Fundação HEMOPA. Os critérios para inclusão foram: portadores de telassemia e telassemia a esclarecer. Os dados foram extraídos, e convergido a um formulário digital contendo as perguntas. Após os dados obtidos foram classificados e analisado estatisticamente no programa Excel 365. Resultados: Constituiu se de 117 dados, onde a incidência do local de nascimento dos usuários, 43,6% são de Belém, seguido de 10,3% de Ananindeua (região metropolitana) e em terceiro lugar Cidade de Marabá com representatividade de 6,0% e seguido das demais cidades. Em relação ao sistema ABO-Rh verificou-se que a distribuição foram: O+ (43,1%), O- (1,7%), A+ (6,9%), B+ (2,6%) e AB+ (1,7%), não encontrados usuários dos grupos A-, B- e AB-. Em relação aos tipos de talassemia, verifica se que: Beta Talassemia Minor (66,7%), seguida de Beta Talassemia Intermediária (13,7%), Beta Talassemia Major (6,0%), Alfa Talassemia Major (6,0%), Alfa Talassemia Minor (4,3%) e Alfa Talassemia Intermediária (0,9%). Desses, 6,8% são pacientes de transfusão de hemocomponentes crônicos e 12,0% possuem outro diagnostico hematológicos. Discussão: A incidência geográfica observou se maior parte dos pacientes são provenientes das áreas próxima a capital paraense, não encontramos nenhum estudo comparativo, mas associamos a dimensão do Estado e sua capital está no localizado no litoral, levando o difícil acesso a capital. No HEMOPA, a beta talassemia minor apresenta o maior índice de pacientes atendidos e cadastrados, totalizando 66,7%. Segundo o Ministério da Saúde (2016), cerca de 1,5% da população caucasiana no Brasil é portadora da beta talassemia minor, embora a prevalência seja menor do que em países do Mediterrâneo ou do Sudeste Asiático, a condição ainda é relevante devido à demografia do país. A disponibilidade de triagem para talassemia e outras hemoglobinopatias é essencial em um país cuja diversidade genética é influenciada pela colonização e migração históricas da região do Mediterrâneo e da África (Rosenfeld et al., 2019). Conclusão: Esse é uns dos primeiros estudos, a determinar a prevalência de talassemia atendido pelo HEMOPA. A talassemia mais prevalente no referido estudo foi a beta talassemia menor, residentes de Belém-PA, do grupo sanguíneo O+. Este estudo pode ser utilizado como uma ferramenta para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde e a prevenção das hemoglobinopatias no Estado do Pará. Os resultados ressaltam a importância do aconselhamento genético e de pesquisas que apoiem o manejo adequado dessas condições, especialmente considerando os efeitos da miscigenação brasileira.