Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Apr 2011)
Avaliação das metodologias M.I.C.E.®, Etest® e microdiluição em caldo para determinação da CIM em isolados clínicos Evaluation of M.I.C.E.TM, Etest® and CLSI broth microdilution methods for antimicrobial susceptibility testing of nosocomial bacterial isolates
Abstract
INTRODUÇÃO: As fitas Oxoid® M.I.C.Evaluator® (M.I.C.E., Thermo Fisher Scientific, Basingstoke, UK), recém-lançadas no mercado brasileiro, representam uma alternativa rápida para a realização de testes de sensibilidade a antimicrobianos (TSA). OBJETIVO: Avaliar o desempenho da metodologia M.I.C.E. em relação à microdiluição em caldo (teste de referência) e ao Etest® (BioMérieux, Marcy l'Étoile, France). Material e métodos: Foram selecionados 160 isolados bacterianos, sendo P. aeruginosa (20), Acinetobacter spp. (20), K. pneumoniae (20), E. coli (20), S. aureus (20), Staphylococcus coagulase-negativa (20), E. faecalis (20) e E. faecium (20). Os TSAs foram realizados por microdiluição em caldo, Etest e M.I.C.E., seguindo-se as recomendações do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI, 2009) e dos respectivos fabricantes. Os resultados foram interpretados segundo os critérios estabelecidos pelo CLSI e comparados por análise de regressão. RESULTADOS: Avaliando-se todas as combinações de antimicrobianos vs. a espécie bacteriana, o desempenho da metodologia M.I.C.E. foi muito bom, apresentando uma concordância geral (variação na concentração inibitória mínima [CIM] ± 1-log2) > 90%, exceto para cefotaxima (85%) e vancomicina (76,3%), quando em comparação com os resultados da metodologia de referência. Quando comparado com o Etest, a metodologia M.I.C.E. apresentou concordância geral > 96%, com exceção para a combinação amoxicilina/ácido clavulânico (67,5%). CONCLUSÃO: Os resultados do TSA obtidos pela metodologia M.I.C.E. apresentaram boa correlação com aqueles obtidos pela microdiluição em caldo e pelo Etest, indicando que essa metodologia é uma alternativa rápida para a determinação da CIM pelos laboratórios de microbiologia clínica. Atenção especial deve ser dada á determinação da CIM para a combinação amoxicilina/ácido clavulânico.INTRODUCTION: The Oxoid® M.I.C.EvaluatorTM methodology (M.I.C.E., Thermo Fisher Scientific, Basingstoke, UK), recently released into the market, represents a rapid alternative to antimicrobial susceptibility testing. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate the performance of M.I.C.E. methodology in relation to broth microdilution (reference test) and Etest® (BioMérieux, Marcy l'Étoile, France). Material and method: A total of 160 bacterial isolates were collected comprising the following species: P. aeruginosa (20), Acinetobacter spp. (20), K. pneumoniae (20), E. coli (20), S. aureus (20), coagulase-negative Staphylococcus (20), E. faecalis (20) and E. faecium (20). Following Clinical Laboratory Standands Institute (CLSI) standards (2009) and the manufacturers' recommendations, antimicrobial susceptibility testing was performed using broth microdilution method, Etest and M.I.C.E. The results were interpreted according to the criteria established by CLSI and compared through regression analysis. RESULTS: All antimicrobial combinations vs. bacterial species were evaluated and M.I.C.E. methodology yielded good results with general correlation (MIC variation ± 1-log2) > 90%, except for cefotaxime (85%) and vancomycin (76.3%) when compared with the reference method. The M.I.C.E. results compared to Etest showed general correlation (> 96%), except for amoxicillin/clavulanic acid (67.5%) combination. CONCLUSION: AST results obtained from M.I.C.E. methodology showed a good correlation with those from broth microdilution and Etest, which corroborates its time effectiveness in the determination of MIC. However, the combination of amoxicillin/clavulanic acid requires further attention.
Keywords