Pesquisa Veterinária Brasileira ()

Cistatina C sérica em cães criticamente enfermos em UTI

  • Eliana M. Souza,
  • Marcio H.L. Arndt,
  • Mardelene G. Gomes,
  • Adriane P. Costa Val,
  • Fabiola O. Paes Leme

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-5150-pvb-5695
Journal volume & issue
Vol. 38, no. 10
pp. 1981 – 1988

Abstract

Read online

RESUMO: A lesão renal aguda (IRA) é uma síndrome complexa, associada à progressão desfavorável, especialmente em cães na unidade de terapia intensiva (UTI) e apresenta alta morbidade e mortalidade. O diagnóstico de IRA requer combinação de testes laboratoriais, como a creatinina sérica e ureia, considerados pouco sensíveis e específicos para a detecção precoce de graus discretos durante a perda de função renal. O biomarcador cistatina C é considerado superior por apresentar uma melhor correlação com a taxa de filtração glomerular. No entanto, existem poucos estudos que demonstram a utilidade da cistatina C em cães na UTI. O objetivo deste estudo foi comparar a cistatina C com o nível sérico de creatinina para detectar o estágio inicial da IRA em cães em terapia intensiva. As dosagens desses analitos foram realizadas no momento da admissão, 24 e 48 horas após. A cistatina C apresentou concentrações mais elevadas em 78,6%, enquanto a creatinina sérica aumentou apenas em 28,5% dos cães. Os resultados demonstraram que a cistatina C pode ser utilizada para a detecção precoce de lesão renal aguda em cães de UTIs devido à sua maior sensibilidade em relação aos marcadores tradicionais.

Keywords