Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

EVOLUÇÃO E IMPACTO DO LINFOMA NÃO HODGKIN DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B NO BRASIL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS CASOS EM 2012 E 2022

  • L Romano,
  • CM Lima,
  • AT Dias,
  • SHN Messias,
  • JO Martins,
  • ML Muler,
  • V Justi,
  • A Kaliniczenko

Journal volume & issue
Vol. 46
p. S227

Abstract

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Introdução: O linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B é um tipo de câncer linfoproliferativo maligno, caracterizado pelo crescimento desordenado dos linfócitos B no sistema linfático, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados e apresentando uma alta taxa de mortalidade. Essas células derivam das células-tronco hematopoiéticas na medula óssea e se desenvolvem através de maturação e seleção nos centros germinativos dos linfonodos, onde os linfócitos B sofrem hipermutação somática e recombinações gênicas, gerando uma alta diversidade de anticorpos, crucial para a imunidade humoral. Este linfoma é frequentemente caracterizado por uma alta instabilidade genômica, com numerosos rearranjos cromossômicos e alterações no número de cópias de genes, contribuindo para a diversidade clonal e a agressividade da doença. Dessa forma, quando ocorrem mutações nesses linfócitos B, resultam em um crescimento acelerado das células tumorais em órgãos como medula óssea, nódulos linfáticos, ossos e cérebro. Apesar de sua agressividade, esse tipo de linfoma responde bem aos tratamentos disponíveis, apresentando taxa 75% de cura dos casos diagnosticados. Os sintomas frequentemente observados incluem nódulos periféricos indolores, especialmente em regiões como axilas e virilhas, além de febre, sudorese noturna e perda de peso, indicando a necessidade de uma avaliação por um hematologista para um diagnóstico preciso. O diagnóstico envolve um exame físico detalhado, seguido por uma biópsia do linfonodo afetado e análises imuno-histoquímicas para identificar o tipo específico de célula cancerosa. Objetivo: Desvendar padrões e identificar tendências sobre o linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B no Brasil entre os anos de 2012 e 2022. Materiais e métodos: Este estudo adotou uma abordagem analítica, transversal e retrospectiva, onde os dados foram coletados a partir do banco de dados DATASUS, na aba “Morbidade hospitalar do SUS (SIH/SUS)”. Conclusão: Os resultados obtidos nesta pesquisa mostram que os casos de Linfoma não Hodgkin difuso de grandes células aumentaram na região Sul do Brasil principalmente, entre os dados de 2012 e 2022, porém foi houve uma queda sutil nos números das taxas de mortalidades. O gênero com predominância de casos é o masculino com idade de maior prevalência sendo dos 40 aos 59 anos. Podemos notar também que de acordo com a raça declarada pelos pacientes, a predominância atinge indivíduos brancos em sua maior parte.