Princípios (Oct 2015)
Amor, nem tão demasiadamente humano nem demasiadamente desumano
Abstract
Para a reflexão sobre os desígnios do amor (e o seu ethos) na contemporaneidade, dedicamo-nos, na Parte I, a uma breve digressão sobre o amor na Modernidade (mais particularmente, sobre a colonialidade do amor imbricado com o neoliberalismo), para evidenciarmos os avatares e ressonâncias de um imaginário social do amor romântico na vida cotidiana dos contemporâneos. O caráter normativo de uma dada gramática do amor presente nesse imaginário tem efeitos, por vezes, perversos na existência social dos indivíduos. Na Parte II do texto, aborda-se o amor contemporâneo sob os rastros de outros agenciamentos sociais, assim como a atual exigência de uma problematização sobre a reinvenção das próprias regras do jogo nas relações amororosas para a emergência de outras gramáticas e de outros tipos de agenciamentos no terreno do amor