Revista Portuguesa de Farmacoterapia (Mar 2016)

Análise de Custo-efetividade de Rituximab no Tratamento de Manutenção de Doentes com Linfoma Folicular, Com Resposta à Terapêutica de Indução em Primeira Linha, em Portugal

  • Susana Carvalho,
  • Marília Gomes,
  • Herlander Marques,
  • Catarina Pereira,
  • Darío Rubio-Rodríguez,
  • Carlos Rubio-Terrés,
  • Carlos Sottomayor

DOI
https://doi.org/10.25756/rpf.v8i1.90
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 1

Abstract

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Introdução: Realizar uma análise de custo-efetividade de rituximab no tratamento de manutenção do linfoma folicular após indução em primeira linha, em comparação com observação, em Portugal. Métodos: Desenvolveu-se um modelo de Markov para o linfoma folicular com quatro estados de saúde: sobrevivência livre de progressão, após primeira e segundas linhas, progressão e morte. As probabilidades de transição entre estados de saúde foram obtidas a partir dos ensaios clínicos PRIMA e EORTC20981 e as respetivas utilidades a partir da literatura. A perspetiva da análise foi a do Serviço Nacional de Saúde português e incluiu apenas os custos diretos. O consumo de recursos foi estimado por um painel de peritos constituído por clínicos portugueses. Os custos unitários (€ em 2014) foram estimados usando bases de dados oficiais portuguesas. Realizaram-se análises determinísticas e probabilísticas. Resultados: No cenário base, para um horizonte temporal de dez anos, os custos por ano de vida ganho e por ano de vida ajustado pela qualidade foram de € 10 634 e € 10 664, respetivamente. As análises de sensibilidade confirmaram os resultados do cenário-base para horizontes temporais de 20 e 30 anos, variando entre € 7430 e € 7155. O tratamento de manutenção com rituximab é custo-efetivo para um horizonte temporal de 5,5 anos (custo por ano de vida ajustado pela qualidade ganho de € 23 616). Conclusão: De acordo com o atual modelo, o tratamento de manutenção com rituximab em doentes com linfoma folicular que responderam à terapêutica de indução em primeira linha, em comparação com a observação, é custo-efetivo em Portugal.

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