Brazilian Journal of Transplantation (Jun 2010)

IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO RESIDENTE EM UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE HEPÁTICO E RENAL: INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS

  • Thalita Rodrigues de Souza,
  • Diana Maria de Almeida Lopes,
  • Natália Martins Freire,
  • Geysa Andrade Salmito,
  • Helaine Cristina Alves de Vasconcelos,
  • Alene Barros de Oliveira,
  • Alexsandra Nunes Pinheiro,
  • Eugenie Desirèe Rabelo Néri,
  • Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes,
  • José Huygens Parente Garcia

DOI
https://doi.org/10.53855/bjt.v13i2.239
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 2

Abstract

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O papel do farmacêutico clínico no atendimento a pacientes internados tem evoluído ao longo do tempo, com ênfase no cuidado farmacêutico. Nesse cenário, o farmacêutico residente tem contribuido substancialmente, para que pacientes transplantados hepáticos e renais sejam beneficiados com as intervenções farmacêuticas, que funcionam como ferramenta efetiva para melhoria da qualidade da assistência hospitalar. Objetivo: relatar as intervenções farmacêuticas (IF) realizadas pelo farmacêutico residente nas unidade de transplante hepático e renal de um Hospital Universitário, identificando problemas relacionados com medicamentos (PRM) durante o período de internação e alta de pacientes transplantados. Métodos: estudo transversal, no qual foram analisadas intervenções farmacêuticas realizadas pelo farmacêutico residente com pacientes transplantados hepáticos e renais no período de maio a setembro de 2010. Resultados: Durante o período de estudo foram acompanhados 219 pacientes, tendo sido detectado PRM em prescrições de 47 (21,5%) deles. Dos pacientes com PRM, 51,06% (n=24) eram do sexo feminino. Os medicamentos envolvidos nos PRM identificados foram classificados de acordo com o Anatomical Therapeutic Chemical (ATC), tendo maior prevalência aqueles relacionados ao sistema cardiovascular e nervoso, respectivamente (43,47% e 17,39%). Foram identificados 81 PRM, dos quais 98,75% foram prevenidos através da IF, com aceitação de 98,76%. Os médicos foram os profissionais mais contatados (97,50%), seguido dos enfermeiros (2,50%). Quando Classificados pelo II Consenso de Granada, os PRM de necessidade ocorreram em 68,80% (n=55), os de segurança 28,80% (n=23) e os de efetividade 2,50% (n=2). Não foi identificada diferença estatisticamente significante na aceitação da intervenção para os diferentes tipos de PRM ( p=0,873). Conclusões: Os resultados sugerem que a participação do farmacêutico residente na equipe assistencial é útil para prevenir a ocorrência de PRM, sendo bem aceita pelos demais membros da equipe de saúde e coopera para a segurança do processo assistencial aos pacientes transplantados hepáticos e renais.

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