Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-177 - IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CONTINUADA NA INTERFACE SCIH E EQUIPE DE HIGIENE HOSPITALAR NO CONTROLE DE IRAS NO HOSPITAL GERAL DE PEDREIRA

  • Vitória Annoni Lange,
  • Irla Moana Amorim Nunes,
  • Tatiana Eugenio,
  • Ana Paula de Oliveira Medina,
  • Glaucia Dias Arriero Martins

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104099

Abstract

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Introdução: A disseminação de patógenos resistentes é um problema de saúde pública e representa uma ameaça sanitária global crescente. Responsável também pelo aumento de custos, internações prolongadas e necessidade de cuidados mais intensivos e especializados. As bactérias resistentes aos antimicrobianos são transmitidas aos pacientes por meio de contatos entre profissionais de saúde, pelas mãos não higienizadas, equipamentos médicos compartilhados e o ambiente próximo ao paciente. Dessa forma a realização de medidas na prevenção e controle de infecções são de extrema necessidade dentro dos hospitais para reduzir a sua incidência. O serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies nos serviços de saúde apresenta um importante papel na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), e o aperfeiçoamento do uso de técnicas eficazes e a educação continuada da equipe são necessários visando controlar a disseminação dos patógenos resistentes. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi promover a educação continuada da equipe de limpeza hospitalar visando a redução da disseminação dos patógenos multirresistentes. Método: A partir do estudo do projeto CNPq-Processo 408811/2022-6, a avaliação da limpeza ambiental e concorrente foi realizada através de marcador fluorescente e a leitura com o auxílio de uma luz negra. Foi realizado uma ação contínua in loco e treinamento com as enfermeiras do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) para a equipe de higiene hospitalar, visando a orientação dos colaboradores sobre a importância das técnicas de limpeza, abordando os principais temas como bactérias multirresistentes, isolamentos e infecções, relacionando como tudo isso tem impacto sobre a internação do paciente. Foram distribuídos folders educativos sobre os temas. Antes e depois a intervenção leitos da UTI foram marcados (5-10 pontos de máximo contato da equipe com o paciente). Resultados: Antes da intervenção foram observados 35% das marcações realizadas como não conformes e 65% conformes, após a intervenção o número de não conformes caiu para 16% e de conforme subiu para 84%. Conclusão: Por ser um problema de saúde pública com ameaça global o controle da disseminação dos patógenos resistentes requer cada vez mais medidas visando a sua redução, devendo ser abordada com urgência por toda equipe atuante dentro dos hospitais. A equipe de limpeza hospitalar é de extrema importância no seu controle e deve ser sempre incluída nas ações multidisciplinares realizadas.