Sociedade e Estado (Apr 2006)

O movimento pela justiça global na espanha: ativistas, identidade e cartografia política da alterglobalização The movement for global justice in Spain: its activists, their political identity and the cartography of alter-globalisation

  • Benjamín Tejerina,
  • Iñaki Martínez de Albeniz,
  • Beatriz Cavia,
  • Andrés G. Seguell,
  • Amaia Izaola

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-69922006000100004
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1
pp. 29 – 66

Abstract

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A rápida expansão dos processos de globalização das últimas décadas facilitou tanto a emergência de formas de resistência em relação com as suas conseqüências como o nascimento de processos de mobilização social a favor de uma globalização alternativa. O trabalho que apresentamos sintetiza parte dos resulta dos de uma pesquisa sobre o movimento por uma justiça global na Espanha. Nele abordamos a sua base material, as características dos ativistas, a sua identidade política, as suas motivações e interesses e a identidade atribuída à ação do movimento, além de expor a cartografia política que as valorações dos ativistas antiglobalização vêm desenhando. O nosso objetivo é diferenciar analiticamente as coordenadas nas quais se inscreve essa nova forma de subjetividade, cujo espaço social se articula em redor de três eixos: o eixo espacial (dentro-fora, inclusão-exclusão, centro-periferia), o eixo relacional (acima-abaixo, imposição-oposição, repressão-liberação) e o eixo das práticas executadas pelos distintos agentes participantes.The rapid expansion of the globalisation processes in recent decades has given rise to the emergence of forms of resistance to their consequences, as well as to processes of social mobilisation in favour of an alternative globalisation. The article that we are presenting includes part of the results of research into the movement for global justice in Spain. In it we deal with the material base of this movement, the characteristics of its activists, their political identity, their motivations and interests, the identity attributed to the action of the movement, as well as the political cartography sketched out by the evaluations of the alter-globalisation activists. Our aim is to analytically dissect the coordinates that frame this new form of subjectivity, whose social space is articulated around three axes: the spatial axis (inside-outside, inclusion-exclusion, centre-periphery), the relational axis (above-below, imposition-opposition, repression-liberation) and the axis of praxis (diversity of social practices carried out by the participating agents).

Keywords