Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)

AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DA EVOLUÇÃO DA CONTAGEM PLAQUETARIA EM DOADORES REGULARES DE PLAQUETAS POR AFÉRESE NO BANCO DE SANGUE SANTA TERESA (BSST) – PETROPÓLIS-GRUPO GSH

  • C Duarte,
  • Mzcolonese,
  • LFF Dalmazzo,
  • Sdvieira

Journal volume & issue
Vol. 43
pp. S305 – S306

Abstract

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Introdução: A doação de sangue segue um tema polêmico e de interesse mundial, uma vez que o tecido sanguineo não possui substituto mesmo com as novas tecnologias. A litertura estima que para atender a demanda transfusional, a taxa ideal é que entre 3% a 5% da nação seja doadora de sangue, mas somente 1,8% da população brasileira é doadora. Dentre os hemocomponentes, a plaqueta segue sendo o estoque mais crítico devido sua validade curta e ser dose dependente para sua efetividade. Assim, a coleta por aférese consiste em uma modalidade efetiva que permite uma otimização de estoques oque torna a necessidade desse tipo de doador algo fundamental para que essa boa prática ocorra e seu bem estar uma preocupação constante. A legislação vigente permite que o mesmo realize doações com intervalo de 48h entre elas, no total 24 ao ano.Porém o desgaste para esse doador é ponto de preocupação nos Bancos de sangue. Objetivo: Avaliar se ocorreu mudança na contagem plaquetaria de doadores de plaquetas por aférese de repetição (mais do que 5 doações ao longo de 1 ano de intervalo) ou alterações em seu hemograma que tornaram impeditivo sua doação. Metodologia: Analisamos retrospectivamente a contagem plaquetaria evolutiva de 14 doadores regulares (mais do que 5 doações ao longo de 1 ano de intervalo) que ocorreram no BSST no período de janeiro de 2020 a janeiro de 2021. Resultados: Foram avaliados 14 doadores no período, onde 8 do sexo maculino e 6 do sexo feminino, com variação da SC de 1,7 à 2,0 (57% de 2.0) e faixa etária de 29–57 anos (1 entre 20–30; 4 entre 30–40; 6 entre 40–50 e 3 entre 50–60 anos). Nos 14 doadores avaliados, nenhum teve sua doação convocada impedida por alteração em seu hemograma no período analisado. A média de doação desse doadores foi de 8 doações por ano (variação de 6–10). Não foi encontrado variação superior a 20% nas contagens plaquetarias entre as doações em nenhum dos doadores. Sendo a média geral de contagem plaquetaria de 200 a 343 (sem identificação de correlação com a superfície corporéa). Discussão: Os dados encontrados não demonstraram prejuízo para os doadores de acordo com a rotina estabelecida hoje para ser candidato regular a doação de plaqueta por aférese no BSS: Intervalo mínimo entre as doações de 21 dias, logo máximo em torno de 17 doações ao ano. Conclusão: Seguiremos com a rotina hoje estabelecida no BSST nos critérios para doadores a doação por plaquetas e também no intervalo estebelecido entre as doações e em avaliação contínua dos doadores.