DO OUVIR E LER POESIA: LUIZ GAMA E MACHADO DE ASSIS
Abstract
Resumo Luiz Gama tende à oratória, à performance pública do verso. É o teatro interlocutório, a voz impostada no espaço para convencer (movere) a audiência. Machado de Assis prefere a leitura, o contato íntimo com o texto. É a experiência individual, a mensagem que cala no leitor para deleite (delectare) do sujeito. A versificação, assim, ganha plasticidade retórica em Gama e estilização literária em Machado. Um "decanta de marimba", outro tira à "harpa eólica a excelsa melodia". Tal contraste técnico, entre ouvir e ler poesia, é o foco do artigo.
Keywords