Revista Brasileira de Anestesiologia (Oct 2010)
Estudo comparativo entre bupivacaína (S75-R25) e ropivacaína em bloqueio peridural para analgesia de parto Estudio comparativo entre la bupivacaína (S75-R25) y la ropivacaína en bloqueo epidural para analgesia de parto A comparative study between bupivacaine (S75-R25) and ropivacaine in spinal anesthesia for labor analgesia
Abstract
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anestesia peridural é utilizada para alívio da dor no trabalho de parto e está associada a baixos índices de complicações. Estudos com enantiômeros levógiros dos anestésicos locais demonstraram maior segurança em função da menor cardiotoxicidade. Este estudo teve o objetivo de avaliar a latência e a duração da analgesia e as repercussões maternas e fetais com o emprego da bupivacaína (S75-R25) e da ropivacaína quando utilizadas para analgesia de parto por bloqueio peridural. MÉTODOS: Realizou-se um ensaio clínico prospectivo, duplamente encoberto e aleatório, de 49 pacientes gestantes de termo, apresentando baixo risco, com indicação de parto vaginal, idade entre 15 e 35 anos, ASA I ou II distribuídas em dois grupos: GI - bupivacaína (S75-R25) 0,25%; GII - ropivacaína a 0,20%. RESULTADOS: Evidenciou-se diferença estatisticamente significante entre os dois grupos 30 minutos após a instalação da peridural, sendo os escores de dor maiores no grupo que utilizou a ropivacaína. Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas quanto a latência de analgesia, nível sensorial do bloqueio, volume de anestésico local, dose de resgate, duração do trabalho de parto e da analgesia, frequência de parto instrumental, alterações hemodinâmicas, escores de Apgar ou pH do cordão umbilical e incidência de eventos adversos. CONCLUSÕES: O uso de bupivacaína (S75-R25) e ropivacaína para a analgesia de parto proporcionou boas condições para a realização da anestesia peridural com pequenas ocorrências de eventos adversosJUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La anestesia epidural se usa para el alivio del dolor en el parto y está asociada a bajos índices de complicaciones. Estudios con enantiómeros levógiros de los anestésicos locales, han demostrado una seguridad más elevada en función de una menor cardiotoxicidad. Este estudio quiso evaluar la latencia y la duración de la analgesia y las repercusiones maternas y fetales con el uso de la bupivacaína (S75-R25) y de la ropivacaína cuando se usan para la analgesia de parto por bloqueo epidural. MÉTODOS: Realizamos un ensayo clínico prospectivo, encubierto y randomizado, con 49 pacientes gestantes a término, que presentaban bajo riesgo, con indicación de parto vaginal, y una edad entre los 15 y los 35 años, ASA I o II distribuidas en dos grupos: GI - bupivacaína (S75-R25) 0,25%; GII - ropivacaína a 0,20%. RESULTADOS: Quedó evidenciada la diferencia estadísticamente significativa entre los dos grupos, 30 minutos después de la administración de la epidural, siendo que las puntuaciones de dolor fueron más elevadas en el grupo que utilizó la ropivacaína. No se encontraron diferencias estadísticas significativas en cuanto a la latencia de la analgesia, nivel sensorial del bloqueo, volumen del anestésico local, dosis de rescate, duración del parto y de la analgesia, frecuencia de parto instrumental, alteraciones hemodinámicas, puntuaciones de Apgar o pH del cordón umbilical e incidencia de eventos adversos. CONCLUSIONES: El uso de la bupivacaína (S75-R25) y la ropivacaína para la analgesia de parto, proporcionó buenas condiciones para la realización de la anestesia epidural con pequeñas incidencias de eventos adversosBACKGROUND AND OBJECTIVES: Spinal anesthesia is used for relief of pain during labor and it is associated with low indices of complications. Studies with levorotatory enantiomers of local anesthetics demonstrate higher safety due to the lower cardiotoxicity. The objective of this study was to evaluate the latency and duration of analgesia and maternal and fetal repercussions with bupivacaine (S75-R25) and ropivacaine in spinal anesthesia for labor analgesia. METHODS: A prospective, double-blind, randomized clinical assay was undertaken with 49 labouring parturients with low risk, with indication of vaginal delivery, ages 15 to 35 years, ASA I or II, divided into two groups: GI - 0.25% bupivacaine (S75-R25); GII - 0.20% ropivacaine. RESULTS: A statistically significant difference was observed between the two groups 30 minutes after the spinal anesthesia, and pain scores were higher in the ropivacaine group. Statistically significant differences were not observed regarding the latency of analgesia, sensorial level of the blockade, volume of local anesthetic, rescue dose, duration of labor and analgesia, frequency of instrument-assisted labor, hemodynamic changes, Apgar scores or umbilical cord blood pH, and incidence of adverse events. CONCLUSIONS: The use of bupivacaine (S75-R25) and ropivacaine in labor analgesia provided good conditions for spinal anesthesia with small indices of adverse events
Keywords